Segundo reportagem do G1 Amazonas, entre os 43 municípios que decretaram emergência no estado, Manacapuru foi o que registrou as maiores perdas na produção agrícola, com déficit superior a R$ 62,3 milhões. Na sequência aparacem as cidades de Manaquiri, com prejuízo de R$ 33,9 milhões; e Iranduba, com perdas de R$ 62,3 milhões. Ainda segundo o instituto, as produções de mamão e banana foram as mais afetadas pela subida das águas, com prejuízos de R$ 24,8 milhões e R$ 50,9 milhões, respectivamente.
“São números preocupantes porque representam prejuízo financeiro para milhares de pequenos produtores rurais do interior do Amazonas”, avaliou o presidente Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) Muni Lourenço em entrevista ao Portal Amazônia.
Muni Lourenço cobrou a implementação e ampliação de políticas públicas que possam minimizar os danos causados pelas enchentes na produção rural do interior do estado.
Os produtores precisam receber orientação que os resguarde, no sentido de plantar no período em que a cheia não atinja as áreas produtivas. Além disso, é muito importante que possamos buscar a ampliação do Seguro Rural [concedido pelo Governo Federal] para que os produtores tenham garantias contra essas perdas, a exemplo do que acontece na região nordeste”, cobrou o presidente da Faea.
Mais da metade das cidades do Amazonas decretaram situação de emergência em razão da cheia dos rios este ano no estado. Das 62 cidades, 39 estão na lista de emergência, de acordo com a Defesa Civil do Estado. A estimativa é de que 62.069 mil pessoas foram afetadas pela subida do nível das águas em todo o estado.
