Inscrições da Chamada de Negócios do Parceiros pela Amazônia seguem abertas até julho

As inscrições para participar da Chamada de Negócios PPA 2019 continuam abertas até o dia 21 de julho. Podem participar empreendedores, startups, organizações sociais, negócios de base comunitária, redes de pessoas/coletivos, instituições e empresas em estágio inicial de seus negócios de impacto voltados à conservação da Floresta Amazônia, à valorização da biodiversidade e ao desenvolvimento socioambiental.

Serão aceitas inscrições de iniciativas localizadas ou com cadeias de valor relacionadas à Amazônia Brasileira, e que se encaixem nas seguintes áreas: agricultura e pecuária sustentável; manejo e produção florestal sustentável e produtos da sociobiodiversidade; educação e bem-estar social aliados à conservação do meio ambiente; mitigação e adaptação às mudanças climáticas; produtos e serviços socioambientais; combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira, crimes ambientais e redução de impacto em rios e florestas através de gestão de resíduos.

As inscrições podem ser feitas via formulário de inscrição disponível no site ppa.org.br/chamada2019. Deverão ser respondidas questões que descrevem a atividade principal de cada negócio, detalhes sobre o planejamento e estágio atual de desenvolvimento financeiro, impactos e benefícios socioambientais, dentre outras informações.

Foto:Divulgação/Idesam

Realizada pela Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) com apoio da Pipe Social, a Chamada selecionará empreendimentos para participar de rodada de negócios com investidores para aporte financeiro de até R$ 800 mil e participar do Programa de Aceleração da PPA, que inclui capacitações temáticas presenciais, mentorias personalizadas, coworking, assessorias jurídica, contábil, marketing e branding, além de bolsas para participação em formações e eventos.

“A PPA quer fomentar o desenvolvimento de negócios de impacto socioambiental para criar uma economia baseada na conservação, restauração e uso sustentável da floresta amazônica. O nosso grande diferencial é agregar empresas, investidores e parceiros estratégicos que permitem alavancar os negócios através de um pacote completo de apoio para os empreendedores que inclui desde capacitações e assessorias especializadas até investimento direto de capital nas fases iniciais do negócio. A Chamada de negócios da PPA foi desenhada sob medida para a Amazônia e espera despertar o empreendedorismo e o ecossistema de negócios de impacto inovadores na região”, destaca Mariano Cenamo, Diretor de Novos Negócios do Idesam e Coordenador Executivo  da PPA.

Informações sobre elegibilidade, critérios de avaliação e cronograma da Chamada, podem ser acessadas no regulamento completo: ppa.org.br/chamada2019.

1ª Chamada, realizada em 2018, recebeu 81 inscrições

A Chamada de Negócios 2019 dá continuidade a um movimento iniciado em 2017, quando um grupo de empresas, organizações da sociedade civil e entidades internacionais se uniram em prol de fomentar novos modelos de desenvolvimento sustentáveis para a Amazônia.

Em 2018 foi realizada a 1ª Chamada, que  recebeu 81 inscritos, dos quais 15 foram selecionados para participar do Programa de Aceleração da PPA, e quatro desses empreendimentos participaram de uma seção com investidores, realizada durante o 1º Fórum de Investimento e Negócios de Impacto da Amazônia. Os empreendimentos receberam aportes financeiros que somaram R$ 1.185.000,00. Os outros selecionados concorreram ao Prêmio Empreendedor PPA, no valor total de R$ 60.000,00.

“Para a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi uma grande satisfação investir e participar da primeira chamada no ano passado. Ficamos muito satisfeitos com o sucesso e resultados alcançados – 81 propostas recebidas, 15 negócios identificados, 4 receberam investimentos. Entendemos que, por meio da PPA e seu programa de incubação e aceleração, serão identificados negócios de impacto que apresentarão soluções inovadoras para o desenvolvimento socioeconômico sustentável e a conservação da biodiversidade amazônica. Estamos motivados e esperamos receber boas propostas para investimento nesta segunda chamada”, avalia Alexandre Alves, Especialista em Engajamento com Setor Privado e Desenvolvimento de Parcerias da USAID.

A Chamada 2019 conta com apoio também do Investimento Social Privado, por meio do Grupo de Fundações e Instituto de Impacto (FIIMP), do Instituto Humanize e do Fundo Vale.

O FIIMP é formado por institutos e fundações que estão, juntos, aprendendo sobre a jornada do empreendedor e investimentos de impacto. “Para nós, esse apoio à PPA significa ampliar a agenda do grupo para as causas ambientais e também experimentar o apoio a negócios fora da Região Sudeste, ajudando a fomentar um ambiente de negócios sustentáveis na Amazônia, que valorize os recursos naturais e os povos da região”, explica Márcia Soares, do Fundo Vale, membro da Secretaria Executiva do FIIMP.

“É com entusiasmo que apoiamos o programa de aceleração da PPA, iniciativa que fortalece negócios voltados para o desenvolvimento da sociobiodiversidade na Amazônia.  O poder de convocação da plataforma reflete a força das parcerias e a dedicação de toda a equipe envolvida”.  Georgia Pessoa, Diretora-Executiva do Instituto Humanize.

Foto:Divulgação/Idesam

A 2ª Chamada de Negócios da PPA é uma realização da PPA, com coordenação do Idesam e apoio financeiro de USAID, CIAT, Instituto Humanize e Fundo Vale. Conta com a parceria da Pipe Social, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Instituto Centro de Vida (ICV), Fundação CERTI, Fundação Rede Amazônica, FIIMP, Sitawi e Conexsus e apoio das seguintes empresas e organizações: Natura, Instituto Peabiru, Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) Bemol,  DD&L, Whirpool Cervejaria Ambev, Beraca, Agropalma, Abrapalma, Althelia e Grupo Rede Amazônica.

Soluções

Agricultura e pecuária sustentável: soluções em produção, beneficiamento, comercialização ou serviços relacionados a agricultura ou pecuária que priorizem práticas sustentáveis e produção familiar. Aqui valem consórcio de culturas;  sistemas agroflorestais (agricultura e floresta) e silvipastoris (pecuária, lavoura, floresta); produção proteína animal de baixo impacto (piscicultura por exemplo; produção orgânica ou agroecológica; produção pecuária sem desmatamento/cadeiras sustentáveis na pecuária; serviços de apoio a cadeia da agricultura, pecuária, piscicultura: fornecimento de insumos mais sustentáveis, assistência técnica, plataformas de logística e/ou comercialização, etc.  

Manejo e produção florestal sustentável e produtos da sociobiodiversidade: soluções para extração, beneficiamento, comercialização ou serviços relacionados ao manejo e produção florestal sustentável (madeireira e não madeireira), com valorização da sociobiodiversidade da Amazônia. É caso dos  produtos madeireiros de manejo sustentável; atividades extrativistas sustentáveis;- cadeia de óleos de copaíba e andiroba e outros derivados da sociobiodiversidade sob manejo sustentável; cadeia sustentável para produção e beneficiamento do açaí nativo; manejo, beneficiamento e/ou comercialização de castanha sob manejo sustentável; manejo e beneficiamento de madeira certificada ou sustentável; serviços de apoio a cadeia florestal: assistência técnica, plataformas de logística e/ou comercialização, etc.

Educação e bem-estar social aliados à conservação do meio ambiente: são atividades, projetos e serviços voltados para educação e capacitações para crianças, jovens e adultos (preferencialmente nas áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia) que promovam bem estar social, empreendedorismo rural, educação ambiental, valorização da sociobiodiversidade e dos recursos naturais.

Mitigação e adaptação às mudanças climáticas: atividades produtivas, novas tecnologias, serviços ou iniciativas que promovam mitigação ou adaptação a mudanças climáticas. Como por exemplo agricultura e pecuária de baixo carbono (também relacionada ao primeiro tópico); energias renováveis para comunidades rurais e ribeirinhas da Amazônia (energia solar, eólica, etc); técnicas de irrigação inteligente para comunidades rurais e ribeirinhas da Amazônia, entre outras.

Produtos e serviços socioambientais: iniciativas para mensuração, valoração e promoção de serviços ambientais associados a atividades de conservação e produção sustentável. restauração florestal de áreas degradadas pela agricultura ou pecuária; ou áreas de proteção permanente e reserva legal;  mensuração e venda de créditos de carbono (sequestro ou desmatamento evitado); turismo ecológico, turismo de base comunitária e/ou turismo científico nas áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia.

Combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira e crimes ambientais: são inovações tecnológicas, produtos ou serviços destinados ao combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira e outros crimes ambientais. Como tecnologia/ app para monitoramento de atividades ilegais e/ou denúncias; para rastreabilidade de produtos florestais madeireiros ou combate a madeira ilegal; ações de capacitações ou treinamentos com objetivo de prevenção e educação ambiental.

Tratamento de resíduos sólidos/poluentes e melhoria de acesso a água para comunidades rurais e ribeirinhas: projetos, ações ou desenvolvimento de tecnologias puras ou tecnologias sociais para Inovação para tratamento de resíduos sólidos ou poluentes ou melhorias de qualidade/acesso a água para comunidades rurais e ribeirinhas na Amazônia. São válidas tecnologias, produtos ou ações para tratamento de resíduos domésticos para comunidades (fossa séptica, fossa ecológica, reciclagem, compostagem etc); para tratamento ou acesso a água para comunidades (poço artesiano, poço ecológico, captação de água da chuva, etc); para tratamento ou reaproveitamento de resíduos de agricultura, pecuária e/ou agroindústria; para melhor eficiência de uso da água para atividades de agricultura, pecuária e/ou agroindústria, etc.

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