Geração de empregos tem recuperação no Amazonas

O Amazonas fechou 2017 com queda de quase 8,0% na quantidade de pessoas desocupadas na comparação com o último trimestre de 2016, aponta dados da  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, o desemprego atingiu 241 mil pessoas no quarto trimestre de 2017 contra 261 mil desocupados no mesmo período do ano anterior, uma diferença de 20 mil pessoas empregadas. Já comparado com o trimestre anterior, a baixa foi 16%, quando o resultado apontou que 287 mil pessoas estavam sem emprego em todo o Estado.

De maneira geral os dados do ano passado foram melhores frente a 2016 e reforçam a estabilidade econômica do país e do Amazonas, explica o supervisor de disseminação de informações do IBGE, Adjalma Nogueira. “O saldo positivo entre os períodos mostra que as atividades estão se recuperando e voltaram a gerar empregos, com isso o próprio mercado de trabalho vai adequando, onde muitas pessoas devem sair do trabalho por conta própria indo para o formal”, comenta.
 
Nogueira destaca que o saldo da desocupação no último trimestre de 2017 foi o melhor do ano. Segundo a pesquisa, a taxa de desocupação ou desemprego no último trimestre foi de 13,5%. A variação em relação ao trimestre anterior foi de -2,5%. Se comparado ao mesmo trimestre de 2016, a variação foi de -1,3%. 

“Essa taxa demonstra que no trimestre a desocupação deu uma desacelerada em relação aos trimestres anteriores, o que proporcionou um indicador positivo. Isso traz boas notícias para o nosso Estado e para os trabalhadores”, avalia o supervisor do IBGE. 

Foto: Divulgação

Ocupação

Ainda de acordo com a pesquisa no Amazonas, o número de pessoas ocupadas no último trimestre de 2017 foi de 1.554 mil. A variação em relação ao trimestre anterior foi de 2,6%, o que corresponde a 39 mil amazonenses a mais ocupados. Já com relação ao mesmo trimestre de 2016, a variação foi de 3,0% representando 45 mil novos postos. 

Referente ao nível de ocupação que representa o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas sem idade de trabalhar chegaram a 52,5% no quarto trimestre, com uma variação de 0,7% em relação ao trimestre anterior e 0,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

No último trimestre de 2017, o número de pessoas empregadas com carteira de trabalho assinada no Amazonas passou de 352 mil pessoas no terceiro trimestre para 348 mil. A diferença é de -5 mil pessoas com uma variação de -1,4% na relação entre os dois trimestres. Se comparado com igual trimestre de 2016, a variação foi de 3,7% com saldo de 12 mil pessoas.
 
Já o número de trabalhadores por conta própria ficou em 514 mil pessoas ocupadas no final do ano passado, uma variação de 4,9% e uma diferença de 24 mil pessoas em relação ao trimestre passado (490 mil). Mas, na comparação com o mesmo trimestre de 2016 (509 mil), a diferença foi de apenas 5 mil pessoas e a variação ficou em 1,0%. Os trabalhadores domésticos alcançaram 63 mil pessoas com uma variação de -3,8% e -1,2%, com o mesmo trimestre do ano anterior.

Ainda de acordo com a pesquisa, os empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada subiram 9 mil pessoas em relação ao trimestre anterior (3,1%). A ocupação passou de 229 mil pessoas no último trimestre de 2016 para 279 mil no mesmo período em 2017, um saldo de 50 mil pessoas entre os períodos.

Setores

Administração pública e serviços sociais juntos com o comércio e a agricultura foram os setores que mais empregaram no último semestre de 2017 com 800 mil postos, revela a pesquisa. Em 2016 eram 276 mil pessoas ocupadas e no ano passado foram 307 mil no grupo de atividade que inclui a administração pública, um aumento de 11,2% ou 31 mil vagas. 

O setor de comércio por sua vez, teve uma redução de três mil pessoas ao subir de 286 mil para 289 mil no mesmo trimestre de 2017. 

Ainda conforme dados, a agricultura registrou queda de 25 mil postos, quando caiu de 309 mil pessoas em 2016 e marcou 284 mil no ano seguinte. A indústria, com 169 mil pessoas, manteve o número registrado no trimestre anterior e subiu mil vagas frente a 2016.

Rendimento médio

Apesar da agricultura ter se destacado como a atividade que mais empregou em 2017, foi também a que pior remunerou seus trabalhadores, atingindo R$ 534. Seguido dos trabalhadores domésticos com R$ 655. Já a administração pública teve remuneração média de R$ 3,144,00, seguida do setor de informação que atingiu R$ 3.697,00.

Referente ao rendimento médio real habitual dos trabalhadores amazonenses ficou na média de R$ 1,891,00 ou R$ 297,00 a mais em relação a igual período de 2016. O saldo positivo de postos de trabalho também influenciou no ganho do poder de compra dos amazonenses. 

A massa de rendimento real atingiu 2 bilhões 647 milhões de reais. Houve alta de 23% na comparação entre o último trimestre de 2016. Já a variação em relação ao terceiro trimestre de 2017, foi de 9,1% o que representou aumento de 220 milhões.

Manaus e Região Metropolitana

Para Manaus a taxa de desocupação alcançou 18,9% no 4 trimestre de 2016, um variação negativa de 2,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Na comparação com igual trimestre do ano passado o recuo foi de 0,1%. 

Em relação a  Região Metropolitana de Manaus, a taxa de desocupação no último trimestre foi de 17,6%, o que representou -2 pontos em relação ao trimestre anterior. Na comparação com igual trimestre de 2016, a variação foi de -0,3%.
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