Segundo os empresários, a chamada ‘modernização’ das leis trabalhistas viabiliza segurança e liberdade para empresas e trabalhadores negociarem formas de atuação profissional com o intuito de impulsionar a produção industrial. Na avaliação do presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, o marco regulatório da terceirização no Brasil é uma alternativa à indústria amazonense para alcançar a retomada produtiva. Segundo ele, a terceirização viabilizará contratações de mão de obra de forma mais expressiva, logo haverá maior competitividade industrial. “A ideia de que haverá redução de empregos é errônea. Pelo contrário, a terceirização é mais alternativa que contribuirá com o crescimento produtivo e geração de emprego. O funcionário não será impactado”, assegurou.
“A CLT apresenta legislação instituída em 1940 e até os dias atuais muita coisa mudou. É preciso acompanhar os acontecimentos, as mudanças. Essa legislação precisa ser atualizada, caso contrário a indústria continuará tendo menor eficiência e competitividade”, disse. “O momento é de dificuldades e temos que nos adequar às normas que contribuam com a atividade industrial porque no molde atual não se atende a todos os segmentos econômicos”, completou.
Azevedo explicou que por meio da terceirização a execução das tarefas de uma parte do processo fabril é transferida a uma outra empresa, o que permite a redução dos custos e a diminuição da estrutura operacional. “É um momento em que todos nós precisamos ceder e analisar a situação com ‘pé no chão’. Caso aprovada, a proposta envolverá redução na jornada de trabalho, descanso remunerado, as licenças concedidas aos funcionários (maternidade, paternidade), entre outros”, informou.
Conforme os dados dos Indicadores de Desempenho da Suframa, no mês de julho o Polo Industrial de Manaus (PIM) contava com 3.658 colaboradores terceirizados. Enquanto em janeiro deste ano o quantitativo chegou aos 5 mil colaboradores.
Segundo, o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), Ezra Azuri Benzion, o comércio exerce uma atividade fim e não exige necessariamente a implementação da terceirização. Porém, ele afirma que a hipótese deve ser trabalhada. Para o empresário, a proposta pode ser implementada caso empresas forneçam os colaboradores ao mesmo tempo garantam o cumprimento de metas. “Será algo novo para a atividade comercial. Acredito que não conseguiremos imple mentar a curto prazo. Mas, é uma proposta válida”, disse.