Com a alegação da titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) Rebecca Garcia de ter assegurado R$ 34 milhões para aplicação no asfaltamento das vias do Distrito Agropecuário da Suframa, outras áreas e setores, como o industrial, esperam mais recursos que minimizem os problemas de recapeamento e asfaltamento das vias do Polo Industrial de Manaus (PIM). Segundo lideranças e empresários estes recursos poderiam reforçar o que já foi liberado pelo governo federal à Prefeitura Municipal de Manaus e ao governo do Estado.
Com um tráfego diário de 250 mil pessoas em seus 56 quilômetros, as 33 vias do DI pedem reparos constantes. O DI 1 abriga hoje cerca de 500 empresas e algo em torno de 87 mil trabalhadores diretos e a recuperação de suas ruas pede a mesma pressa de um pequeno centro urbano. Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Ciam) Wilson Périco, não é hora de desmerecer a importância do Distrito Agropecuário, mas é preciso rever prioridades.
“O Estado e principalmente Manaus, dependem quase que exclusivamente do PIM. A capital responde por 95% do ICMS estadual e destes, mais de 50% vem da indústria. A mobilidade e a trafegabilidade do dos DIs são importantes para manter as coisas andando. Já temos muitos problemas com logística para suportar”, afirma Périco.
Descaso
Empresários dos DIs mesmo acreditando na necessidade de expansão de novos negócios em outras zonas da cidade, se veem desamparados com a Suframa direcionando recursos para o Distrito Agropecuário, comenta o sócio proprietário e diretor comercial da SP Lasercut da Amazônia, José Pedrosa. “A Suframa não está fazendo o dever de casa quando direciona verbas para distritos que levarão anos para gerar bons lucros e que provavelmente acabem do mesmo jeito que os Distritos 1 e 2. Asseguro ser essa a opinião de todo o empresariado do DI”, ressalta Pedrosa.
Fundada em 2012, a empresa desde sempre passou pelas dificuldades de locomoção e acessibilidade do Distrito. “Assim como outras empresas, a nossa, que se situa na principal artéria do DI, a avenida Buriti, é prejudicada no transporte de equipamentos e insumos. O mesmo afeta nosso setor comercial, ao termos reuniões com investidores e clientes que desmarcam reuniões pela dificuldade que é guiar um carro de passeio na área”, conta Pedrosa.
Ação conjunta garante R$ 150 milhões
Os R$ 150 milhões liberados pelo governo Temer para o asfaltamento das ruas do Distrito Industrial de Manaus, foram lembrados pelo senador Eduardo Braga na diplomação do segundo mandato do prefeito Arthur Virgílio Neto, na última segunda-feira (19). “Eu fico otimista quando vejo o presidente Temer liberando os recursos para que a prefeitura possa recuperar o Distrito Industrial 1 e 2, a fim de torná-los um cartão postal da nossa cidade para atrair mais investimentos e empregos para o Estado”, declarou.
A liberação dos recursos por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) veio após mobilização entre a bancada amazonense que propôs emenda ao orçamento e visitas do governador do Amazonas, José Melo e de Arthur Neto aos ministros e ao presidente Temer (PMDB). Visitas que tinham como meta a obtenção de empréstimos e assegurar o repasse de recursos obrigatórios.