Vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a Suframa é a responsável por administrar a ZFM, um lugar específico para a entrada de mercadorias nacionais e internacionais no Amazonas. Esses produtos são beneficiados com tarifas alfandegárias diferenciadas ou incentivos fiscais. O principal objetivo das zonas francas é estimular o comércio e acelerar o desenvolvimento industrial. Além do Brasil, países como China, Espanha, Coreia do Sul e França, possuem versões do modelo econômico.
Com base em dados disponibilizados pela Suframa e pelo Mdic, o Portal Amazônia mostra o destino da produção industrial do Amazonas para o exterior e de onde vêm os produtos que abastecem as linhas de produção do Estado:
Exportação
Em 2016, o Amazonas realizou US$ 575,24 milhões em exportação para outros países. O produto que mais se destacou nesse total foi o de preparação para elaboração de bebidas, que teve uma participação de 32% no valor total, arrecadando US$ 183,43 milhões. Em segundo lugar estão as motocicletas, que respondem por 19% das exportações, totalizando US$ 100,26 milhões. Com a contribuição de US$ 61,2 milhões, facas, navalhas, aparelhos de barbear e tesouros, seguem na terceira posição, representando 11%.
Continuando a lista, os demais produtos manufaturados responderam por 8,9%, e acrescentou US$ 61,2 milhões a economia do Estado. Os aparelhos para interrupção e proteção de energia reuniram o valor de US$ 15,54 milhões. A exportação de soja é responsável por movimentar 2% da economia do Amazonas, somando US$ 11,51 milhões. A lista é extensa e conta com outros materiais, como por exemplo, compostos inorgânicos/orgânicos de metais preciosos (1,9%), obras de plástico (1%), lentes para óculos (0,60%), entre outros.
Importação
No quesito importação, o Estado gastou US$ 6,25 bilhões. Entre os produtos que mais foram importados estão: partes de aparelhos transmissores (18%), circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos (13%), circuitos impressos e outras partes para aparelhos de telefonia (8,2%), demais produtos manufaturados (4,6%), partes e acessórios de motocicletas, bicicletas e outros (3,4%) e motores, gerados e transformadores eletrônicos (3,4%). Confira os números completos disponibilizados pela Suframa e Mdic:
Modelo Zona Franca de Manaus
Criada na década de 1960, a ZFM precisou se reinventar enquanto modelo econômico para se adaptar as mudanças da economia mundial. Em 2014, o Congresso Nacional permitiu a prorrogação do modelo até 2073.
A ZFM compreende três pólos econômicos: comercial, industrial e agropecuário. O primeiro teve maior ascensão até o final da década de 1980, quando o Brasil adotava o regime de economia fechada. O industrial é considerado a base de sustentação do modelo.
O Polo Industrial de Manaus (PIM) possui aproximadamente 600 indústrias de alta tecnologia que gera cerca de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico. Entre os produtos fabricados destacam-se: aparelhos celulares e de áudio e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre outros.
Já o Polo Agropecuário abriga projetos voltados à atividades de produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras.