Lula participou no Parlamento Europeu de um evento organizado pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que reúne eurodeputados social-democratas e que controla a segunda maior bancada da Casa.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (15/11) em Bruxelas, na Bélgica, que Jair Bolsonaro “representa uma peça importante da extrema direita mundial” e que o atual presidente brasileiro não passa de “uma cópia mal feita de Trump”. Lula ainda afirmou que as forças progressistas e social-democratas do mundo precisam se unir para derrotar a extrema direita: “O mundo precisa de democracia, de paz e não de guerra, precisa de livros e não de armas”.
Lula participou no Parlamento Europeu de um evento organizado pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que reúne eurodeputados social-democratas e que controla a segunda maior bancada da Casa. A chamada “Aliança Progressista” foi banida do poder em praticamente todos os países europeus, com exceção da França.
Não passa, portanto, de grupo político coadjuvante, ideologicamente superado, no qual quase ninguém confia, exceto os jurássicos e radicais da extrema esquerda, que ainda acreditam que a ditadura do proletariado vai voltar para finalizar sua “obra”. Que obra? Razoável se torna questionar.
Macron, inimigo número 1 do Brasil
A recepção do presidente francês Emmanuel Macron, a Lula, não passou de uma provocação. Não ao presidente constitucionalmente eleito Jair Bolsonaro, mas ao Brasil e sua gente. E ele terá o troco, pois os fortes interesses empresariais e culturais franceses no país opõem-se a esse malabarismo errático que esquece o mais relevante: o respeito devido aos laços de amizade, culturais e econômicos que, historicamente, unem os dois povos.
Tal ousadia tem suas razões: em baixíssima cotação nas pesquisas e longe dos líderes das Américas, Ásia, África e da Europa, como Angela Merkel, da Alemanha; Boris Johnson, do Reino Unido, ou Pedro Sánchez, da Espanha, Macron alugou Lula na tentativa de melhorar sua imagem junto às esquerdas francesas.
Mas, como isso seria possível se sua bengala, Lula, isolado das bases, desgastado, desmoralizado, não passa de um condenado, até aqui por mais de 20 anos de prisão por liderar o maior esquema de corrupção jamais antes visto na história deste país?
Segundo relato de um amigo brasileiro, engenheiro da Dell Computers, que há anos mora na França, “Macron está preparando o terreno da sua própria campanha de reeleição para o ano que vem. Há, aqui na França, candidatos nos dois extremos direita/esquerda polarizando a opinião pública francesa. Estamos em um mundo político polarizado”, ressalta.
A Europa, acrescenta o relato, “está órfã de grandes estadistas: Merkel, a última deles, já está de saída. Creio que, para a Europa (hoje tão dividida) sobreviver neste mundo instável que vivemos, vai precisar reinventar o próprio modelo da União Europeia, incluindo sua política externa, para poder enfrentar ameaças diárias vindo de todos os lados, como da Rússia e Bielorrússia”.
Nesse cenário vale tudo para o preparo de terreno para a (pouco provável) reeleição de Macron, até chamar Lula para uma reunião “particular”, oportunidade em que dispensou a um condenado da Justiça recepção protocolar restrita a chefes de Estado.
Lula, fiel a seu estilo, com a boca no trombone
Enquanto isso, o ex-presidente brasileiro deita falação contra Bolsonaro, em linguagem chula, exibicionista, demagógica e indigna de um líder político de seu porte. Esquecendo que se encontra na Europa, o centro do mundo, não em plagas paupérrimas do interior brasileiro, ao qual mentiu e mente há 20 anos jurando haver acabado com a pobreza nos rincões brasileiros.
Bem, mas nesse sentido ele apenas repete o que sabe fazer de melhor: falar mal do Brasil e dos brasileiros sempre que se encontra em viagem ao exterior. Fato que ele próprio admite e que jamais procurou esconder. Os exemplos são extensos e variados. Basta ir ao Google. Lula, em sua jornada pelo Velho Continente, às expensas dos contribuintes pátrios, comete mais um erro elementar: esquece que europeu, muito menos francês, vota no Brasil.
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