2º FIINSA incentiva atração de investimentos de impacto e negócios sustentáveis na Amazônia

Os temas debatidos abordaram desde realidade e visão de futuro para a Amazônia, passando por modalidades de financiamento para negócios de impacto, e mais.

Ocorrido nos dias 29 e 30 de novembro, no Studio 5 Centro de Convenções, o 2º FIINSA (Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia), o evento é promovido pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e Impact HUB Manaus, apoiado pela AMAZ aceleradora de impacto, Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), Fundação Amazônia Sustentável (FAS). Contou com extensa gama de apoiadores, como o Fundo Vale, Instituto Clima & Sociedade (iCS), Partnerships For Forests, Uk Government, Amazon Investor Coalition, Instituto Sabin, Fundo JBS pela Amazônia, Americanas S.A., SAP, GBR, Coca-Cola, Swarovski, MJV e Cooperação Alemã GIZ, além da Rede Amazônica e Fundação Certi.

Segundo Carlos Koury, diretor de Inovação em Bioeconomia do Idesam, o evento “discutiu a Amazônia a partir da própria região, visando explorar caminhos já trilhados e outros ainda possíveis no desenvolvimento e escala de negócios que geram impactos positivos para a floresta e suas populações”. A programação centra-se nos temas: Estruturando o ecossistema; Financiamento e acesso a capital; Pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I); Comunidades; e Desafios do empreendedorismo. As atividades incluem palestras, oficinas práticas, sessões de pitch, lançamento de projetos, mercado com produtos sustentáveis da Amazônia e estandes de parceiros.

Foto: Reprodução/Facebook-Idesam

Nos dois dias de trabalho do 2º FIINSA avançaram discussões abertas sobre extenso elenco de temas, reunindo palestrantes de quase 100 organizações em mais de 20 painéis e mesas temáticas. Os temas debatidos abordaram desde realidade e visão de futuro para a Amazônia, passando por modalidades de financiamento para negócios de impacto, investimento em pesquisa e desenvolvimento, estruturação de cadeias produtivas, acesso a mercados, grandes marcas como aliadas na valorização da floresta e de povos tradicionais, comunidades, turismo de base comunitária e indo até restauração florestal, mercado de carbono, Web 3.0, grandes empresas e ESG, negócios comunitários, o papel de incubadoras e aceleradoras, dentre outros.

De acordo com Paola Bleicker, diretora executiva do Idesam, foram organizadas oficinas práticas aos participantes sobre ampla diversidade de temas, dentre os quais, “Mecanismos de incentivo fiscal para projetos sustentáveis: recursos incentivados para fomento de uma economia limpa na Amazônia Legal”, realizada pela Rede Igapó – Projetos Incentivados da Amazônia, que objetiva gerar resultados práticos e apoiar negócios, facilitando o acesso a recursos e oportunidades de financiamento; “Cenários futuros possíveis – Amazônia 2030”, promovida pela MJV Technology & Innovation, que irá olhar para as tendências e possíveis cenários de desenvolvimento para a Amazônia; e a Oficina de Projetos para o PPBio (Programa Prioritário de Bioeconomia), iniciativa da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e coordenado pelo Idesam com o intuito de captar recursos de investimentos obrigatórios em P&D (Lei de Informática) para geração de novos produtos, serviços e negócios para a bioeconomia amazônica.

Nesta nova edição, os resultados esperados deverão consolidar as recomendações estratégicas para fortalecer o ecossistema de impacto na Amazônia: Para Mariano Cenamo, CEO Novos Negócios do Idesam, “nós acreditamos que essa é uma agenda extremamente importante, não só para a Amazônia mas para o Brasil, à medida que o país assumiu compromissos de redução de emissões fortes na COP27. E não é possível atingir esses compromissos se nós não construirmos essa nova economia que a região precisa, para promover prosperidade e desenvolvimento com a conservação de florestas e a redução de desigualdades. O Festival pode ser considerado um pontapé inicial, um centro de ebulição intelectual em torno das soluções que nós precisamos construir para trilhar esse caminho,” conclui Cenamo.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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