A paixão pela Amazônia é tanta que Simon já fez duas tatuagens inspiradas na região
Aos 26 anos, o australiano Simon Gurney tem chamado a atenção nas redes sociais. O motivo? O jovem está desbravando o Brasil e postando as suas aventuras na internet. Há dois meses, Simon desembarcou em São Paulo, o pontapé inicial de sua viagem, desde então conheceu o Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia e, atualmente, se encontra em Manaus.
O primeiro contato do australiano com a língua portuguesa aconteceu em seu país materno. Ele passou a conviver com diversos brasileiros e ficou interessado em aprender o idioma. Ao todo, foram seis anos estudando e se dedicando para conseguir o seu objetivo.
Devido ao caos trazido pela pandemia da Covid-19, Simon precisou adiar o seu sonho de conhecer o Brasil, mas, assim que conseguiu o sinal verde não perdeu tempo e voou para o país ‘abençoado por Deus’. A ideia de conhecer o país evoluiu e Simon decidiu fazer um ‘mochilão’ para aprender mais sobre a cultura brasileira.
“Na Austrália não existem rodoviárias. Nós usamos só carros e aviões para viagens interestaduais. Eu nem sabia que existia rodoviárias, tanto que quando cheguei na Rodoviária do Tietê, em São Paulo, eu a chamei de ‘aeroporto de ônibus’. Depois continuei chamando elas assim porque meus seguidores gostaram”, disse.
Paixão pelo Norte
Em cada lugar, Simon aprende algo que enriquece o seu conhecimento sobre a cultura brasileira. Na região Norte, por exemplo, ele desbrava a gastronomia e turismo da natureza. Com toda a experiência adquirida, além de marcar a vida do australiano, as vivências na região norte também estão em sua pele. Por sua passagem pelo Acre, ele mandou fazer a tatuagem com a frase: “O Acre existe”.
E após experimentar o x-caboquinho, um prato típico do Amazonas, ele se apaixonou e mandou marcar na pele mais uma boa experiência que conseguiu na região amazônica. Confira as tatuagens de Simon:
Experiências
De acordo com o australiano, a parte mais desafiadora não é a viagem em si, mas pesquisar a cultura do lugar que vai ser visitado. “Eu tenho que me informar, saber onde ficar (e não ficar), às vezes, isso acontece às 2 horas da manhã quando chego na cidade”, explicou.
Um dos perrengues que passou em Rondônia serviu de lição para os outros Estados a qual vai visitar. “Tenho que estar sempre atento. Em Porto Velho, a moça do aplicativo de hospedagem não atendeu o celular e eu fiquei de fora. Graças a Deus, eu contei com a ajuda da motorista que me pegou no aeroporto”, contou.
As coisas boas se sobressaem das experiências ruins. Simon está 100% entregue na viagem e garante amar o Brasil com todas as forças. “Todo o Estado me traz um aprendizado novo. É tudo como se fosse um sonho que estou vivendo. Se eu tivesse que dizer uma coisa é que o Brasil é o país mais diverso que conheci. É incrível como cada lugar tem sua própria identidade, seja no sotaque, cultura ou gastronomia”, afirmou o australiano.
Futuro
O Simon que saiu da Austrália não é o mesmo Simon que desbrava a região Norte do Brasil. Inclusive, essa mudança foi percebida pelos seus seguidores e pessoas próximas. Todo o estudo está sendo recompensado com uma experiência singular.
Os próximos passos do australiano não estão certos, porém, a vontade de desbravar o Brasil continua a todo vapor. Simon pretende continuar sua viagem pelos Estados brasileiros e vai contar todas as aventuras em suas redes sociais. Ele também quer ensinar inglês para os brasileiros utilizando os mesmos métodos no qual aprendeu a falar o português. “Criei um aplicativo chamado Prosa e espero cooperar com a vida das pessoas. E quero também que elas se inspirem na minha história para conhecerem novos lugares”, disse.