Lenda amazônica, rasga-mortalha é flagrada no Bumbódromo em Parintins

De hábitos noturnos, a coruja rasga-mortalha costuma se alimentar de roedores, insetos, morcegos, pequenos marsupiais, anfíbios, répteis e aves.

Foto: Reprodução/Instagram – @xpedito_

Influenciada pela mitologia grega, a coruja é associada à sabedoria e ao conhecimento devido a Atena, deusa da sabedoria, possuir uma coruja como mascote. Na região amazônica, a existência da coruja ganha novos significados. A coruja rasga-mortalha, também conhecida como suindara ou coruja de igreja, comum no Norte do Brasil, tem a história atrelada a outra lenda. 

O mito conta que a ave é um sinal de mau agouro: ela emite um “grito” que lembra o som de um pano rasgando em anúncio à morte de alguém. 

Isso porque essa coruja possui hábitos noturnos, assustando aqueles que se deparam com ela. Mas apesar de ser noturna, um exemplar da espécie foi flagrado no Liceu de Artes Cláudio Santoro de Parintins, no Amazonas, que fica localizado dentro do Bumbódromo da cidade, em plena luz do dia.

O registro em vídeo foi feito pelo produtor audiovisual e correpetidor de piano do Liceu, Expedito Calixto. Ao Portal Amazônia, ele contou que no dia em que fez o registro, chegou um pouco antes do seu horário e se espantou ao vê-la de dia.

O produtor relatou também que outras aves, como papagaios, pombos e pequenos pássaros aparecem constantemente na área do Liceu. “Há relatos de que antes vivia um casal de corujas, mas, ultimamente, essa coruja aparece sempre sozinha”, acrescentou.

Após se aproximar para registrar o momento, Expedito recorda que a coruja começou a se mexer. 

Como dito anteriormente, de hábitos noturnos, a rasga-mortalha costuma se alimentar de roedores, insetos, morcegos, pequenos marsupiais, anfíbios, répteis e aves. Na Amazônia, são muitas as histórias que envolvem o seu “grito” que estão no imaginário popular da população. 

Os vídeos que Expedito produziu já passavam, até a publicação da reportagem, de mais de 65 mil visualizações. Os comentários variam entre espanto – “Eu nunca tinha visto uma, e morro de medo, em Parintins quando ela cantava já começam a contar histórias lá em casa” – e alegria – “Que registro incrível!!! Poesia pura da natureza e do profissional!”.

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