No acervo da universidade amazonense estão projetos realizados ou não de maternidades, escolas, postos de saúde, parques, praças, intervenções viárias e até da sede da Prefeitura de Manaus.
Uma mapoteca com 212 projetos já foi catalogada por estudantes voluntários da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). As composições arquitetônicas físicas fazem parte de 800 pranchas doadas pela Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), do período de 1993 a 2000.
O material, que foi doado pelo instituto à Ufam, para o Núcleo de Arquitetura Moderna na Amazônia (Nama), passou por identificação e segue em catalogação. Faltam duas mapotecas, somando entre 1.500 e 2 mil pranchetas.
O acervo agora tem a guarda e responsabilidade de manutenção pelo Nama. As mapotecas são de uma época anterior à computação gráfica e o material é composto de projetos feitos em pranchetas em papel vegetal, papel manteiga e plantas técnicas.
A previsão é que após a conclusão dos trabalhos de catalogação e identificação, se tenha uma relação de todos os projetos, acessível no site do Nama até o aniversário de Manaus em 24 de outubro. Há tratativas com o Implurb e outras entidades para encontrar soluções para digitalizar o conteúdo, para que ele fique disponível para a sociedade.
Importância
Para o vice-presidente do Implurb, o arquiteto e urbanista Claudemir Andrade, esse acervo é importante pela história dos profissionais e pelos projetos desenvolvidos para Manaus, especialmente da década de 1990. “Estamos no caminho certo para o resgate desta memória e manutenção”, comentou.
No acervo, estão projetos realizados ou não de maternidades, escolas, sede da Prefeitura de Manaus, postos de saúde, parques, praças e intervenções viárias. Conforme primeira verificação do material recebido do arquivo do Implurb, entre os projetos está um antigo do calçadão da Ponta Negra, realizado no final da década de 1990, pelo arquiteto Severiano Porto.
As plantas e projetos das mapotecas compõem a história do planejamento urbanístico da capital amazonense, da época da extinta Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Semdurb), que deixou de existir em 2006, dando lugar ao Implurb.
Conforme Cereto, o Nama já tem o acervo do arquiteto Severiano Porto, um dos mais significativos nomes do Amazonas, além do acervo privado do arquiteto José Henriques, que foi ex-presidente do Implurb.