O Parque Zoobotânico do MPEG já foi considerado, em 2013, pelo Ministério do Turismo, como um dos 65 destinos turísticos indutores do desenvolvimento turístico regional no Brasil.
No esquema da vida corrida de um grande centro urbano como Belém, no Pará, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi segue como uma referência para mergulhar na cultura e natureza amazônica.
Anualmente, cerca de 300 mil visitantes por ano se espalham nos 5,4 hectares do Parque, localizado no centro da capital paraense. Um quarteirão verde que faz parte da geografia da cidade, influenciando o microclima local ao diminuir a temperatura em 3 graus.
O Parque foi criado em 1895, quando o naturalista suíço Emilio Goeldi transferiu as atividades do Museu Paraense (criado em 1866 como Associação Philomática) para uma “rocinha” (casas de campo típica das elites da época) localizada na área rural da cidade de Belém.
Além da organização e exposição das coleções científicas no prédio símbolo da instituição – a Rocinha -, o então diretor Emilio Goeldi se empenhou na construção de um jardim botânico e um zoológico, seguindo padrões europeizados. Ao surgir, o Zoobotânico do Museu Paraense foi o primeiro do seu gênero no território nacional e tornou este museu um dos mais visitados do país.
Desde o início, o Parque contou com o interesse massivo do público. Em 1900, por exemplo, Belém tinha cerca de 100 mil habitantes e 90% dessa população frequentava o Museu Goeldi, segundo o historiador Nelson Sanjad. E mesmo com a escassez de recursos, tanto do declínio da economia da borracha como de outros momentos econômicos, o Parque Zoobotânico do Goeldi continuou sendo muito visitado, figurando no final da década de 1930 como o melhor zoológico brasileiro, de acordo com revistas especializadas.
O Parque do Museu Goeldi já atravessou diferentes fases e teve que enfrentar muitos desafios, como o envelhecimento de sua infraestrutura e a degradação ambiental provocada pelo crescimento urbano. Apesar disso, continua sendo uma grande atração popular. No século XXI, o Zoobotânico continua sendo referência em seu campo. Em 2013, foi considerado pelo Ministério do Turismo como um dos 65 destinos turísticos indutores do desenvolvimento turístico regional no Brasil.
Mais mudanças
Sua estrutura foi se expandindo ao longo de décadas, com a desapropriação dos terrenos vizinhos. Atualmente ocupa um quarteirão inteiro na Avenida Magalhães Barata, bairro de São Braz, e é um ícone da cidade de Belém e da memória afetiva local. Além disso, também é lar de cerca de 80 espécies animais (3 mil indivíduos) e mais de 500 espécies de plantas (quase 4 mil indivíduos).
O parque abriga monumentos históricos, espaços expositivos e de educação, além de ser local de tratamento para animais silvestres resgatados pelos órgãos ambientais. Quando há condições dos animais, o Parque Zoobotânico é base de apoio para seu retorno à natureza. Quando esse retorno não é possível, são mantidos e cuidados de acordo com os melhores padrões de tratamento ou encaminhados a outras instituições no Brasil.