Com mais de 100 mil seguidores em rede social, Juliana Bárbara apresenta sua rotina de trabalho e dá dicas para quem deseja ingressar no ramo da aviação.
“Apesar de gostar muito e ter aprendido e amadurecido bastante profissionalmente, eu estava naquela fase de formatura do ensino médio, vestibular e decisão de carreira. Quando recebi aprovação na faculdade de ‘Letras, Língua e Literatura Inglesa’, optei por investir meu tempo na licenciatura e encerrar meu ciclo de três anos como agente de aeroporto. Naquela época eu não sabia quanto a aviação ainda viria a proporcionar na minha vida”,
destacou Juliana.
Estudos e oportunidades
Focada, para chegar ao seu posto atual, Juliana precisou estudar bastante. Apesar de não ser exigido curso superior para se tornar comissário de voo no Brasil, é necessário realizar um curso de formação de comissários em uma escola homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Depois de aprovado, a próxima fase é a realização do exame da ANAC para comprovar o domínio dos conhecimentos teóricos da profissão, além de um teste de saúde obrigatório para a obtenção do Certificado Médico Aeronáutico. “Como no princípio o meu objetivo era me tornar comissária de voo no Brasil, eu tive que passar por todas essas fases”, disse a amazonense.
Porém, a fase em que Juliana finalizou os estudos, conta, não foi a melhor. A pandemia de Covid-19 aconteceu (2020) e a aviação enfraqueceu. Ela entrou em uma fila de espera de quase dois anos. Na época, a comissária recebeu um convite para treinar os alunos na mesma escola de aviação na qual estudou.
Mas as coisas mudaram no início de 2022. Juliana descobriu que empresas internacionais haviam aberto processo seletivo, tentou a sorte e foi aprovada. Assim, uma companhia dos Emirados Árabes se tornou a primeira empresa em que a amazonense trabalhou após a formação.
Adaptação e saudades
Dicas
Em sua curta e promissora carreira, a comissária amazonense afirmou nunca ter passado por nenhuma situação complicada ou perrengue nos seus voos. “No máximo o que acontece é algum caso médico”, explicou, porém ela garante que recebeu todo o treinamento necessário para atendê-los.
Para aqueles que desejam entrar no mercado da aviação, Juliana pede para que se dediquem aos estudos e nunca desistam, pois “a oportunidade certa vai aparecer”.
“Às vezes, por medo de receber um ‘não’, as pessoas deixam passar alguma oportunidade. Eu também tive medo de não estar preparada, inclusive, cheguei perto de desistir na seletiva. Foi graças ao apoio da minha família que tive coragem de ir em frente”, revelou.
Outro conselho valioso? Juliana conta que não existe segredo, porque o que faz um candidato se destacar é estar qualificado.
“Sempre me perguntam por onde começar. A minha resposta é sempre a mesma: invista no inglês. Os idiomas abrem portas”,
aconselhou.