Oficina de conexão corporal e autorretrato acolhe experiências de comunidade LGBTQIA+

O resultado do processo será materializado em livro

Um ato tão simples quanto se enxergar no reflexo de um espelho contém camadas de complexidade quando o assunto é se reconhecer na imagem refletida. A relação com o próprio corpo é marcada pela subjetividade de cada um, mas sujeita às pressões sociais e estéticas. O projeto Um olhar sobre a comunidade LGBTQIA+ em Cuiabá pretende acolher as diversas experiências pessoais em uma oficina de conexão corporal e de autorretrato fotográfico. Como resultado, o registro desse processo de autoconhecimento se transformará em livro.

A iniciativa idealizada pela terapeuta e professora de yoga, Paola Verruck, apresenta a perspectiva das pessoas LGBTQIA+ na capital de Mato Grosso. Ministrada em parceria com o fotógrafo Vinicius Appolari, a oficina “Desatando corpos” acontece de 1 a 5 de março, na Sala Flores, no Cine Teatro Cuiabá, seguindo todos os protocolos de segurança, higiene e saúde. As inscrições são gratuitas e seguem abertas até 23 de fevereiro.

Foto: Vinicius Appolari/Divulgação

Em cinco encontros, serão ensinadas técnicas de práticas corporais e de autorretrato fotográfico, que aparecem como ferramentas de autoconhecimento, autopercepção e autoaceitação. As fotografias feitas durante a oficina, bem como os relatos compartilhados, constarão em publicação digital e impressa. O livro, objetivo final do projeto, é a materialização de um ato de resistência e de representatividade da comunidade LGBTQIA+ de Cuiabá.

Ao unir terapia, corpo, e imagem o intuito é dar visibilidade ao que há de único em cada existência. “A ideia é utilizar técnicas para que essa subjetividade tenha seu lugar, seu espaço seguro e possa ser expressa de uma forma muito genuína. A fotografia vai permitir que os próprios participantes consigam mostrar como se enxergam e como é a relação com o corpo – esse corpo que é tantas vezes considerado incorreto e indevido na nossa sociedade. O trabalho desse projeto é permitir que haja esse espaço para as pessoas se colocarem como se enxergam”, explica Paola.

Viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, o projeto foi selecionado no edital MT Nascentes promovido pelo governo de Mato Grosso via Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Processo de inscrição

Com apenas 20 vagas, a participação na oficina ocorre mediante inscrição via formulário do Google (link). Para se inscrever, é preciso explicar por que gostaria de participar e qual sua relação com o movimento LGBTQIA+ na região da Baixada Cuiabana.

Os inscritos serão selecionados por uma Comissão, tendo como base as respostas ao questionário. A confirmação da participação se dará por contato telefônico no dia 26 de fevereiro. 

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