A jornalista Paula Cristina, com seu instinto questionador típico da profissão, é a criadora de um projeto que revela as minúcias do cotidiano da mulher brasileira, o ‘Narrativas femininas pelo mundo’. A ideia surgiu pouco a mais de dois anos, quando ela criou uma página no Youtube, com o objetivo de mostrar diversos lugares do mundo através da rica história e saberes de mulheres de cada localidade por onde passasse. E ela chegou na Amazônia.
O primeiro episódio da saga na região se passa no município de Careiro Castanho, no interior do Amazonas. Nele, Paula conta a história de mulheres que trabalham com artesanato e agricultura, mostra a proximidade dessas amazônidas com a natureza e o meio ambiente. Ela contou ao Portal Amazônia quando surgiu a ideia inusitada de produzir o canal.
A jornalista conta que todo o projeto – desde as filmagens, roteiros e edição – é feito por ela e que isso é desafiador.
“Eu tenho trabalhado sozinha desde o processo de preparação da viagem até as gravações e a edição de todo material. Foi bem desafiador no começo, porque mesmo com as experiências em jornalismo, precisei aprender muita coisa do zero e dar conta de desempenhar inúmeras funções. Mas a vontade de pegar a mochila logo e sair por aí documentando essa jornada falou mais alto e tornou esse processo mais natural. Mantenho um estilo espontâneo, sem muitas formalidades, que é como eu gosto de viajar”, explicou.
Estreia no Amazon Sat
O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia passam a serem exibidos pelo canal Amazon Sat, com estreia neste domingo (30), às 12h30 (hora Brasília).
No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região. No primeiro episódio, quatro munícipes de Careiro Castanho são protagonistas e contam sobre a importância da agroecologia, uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de ecossistemas, e o quanto o artesanato com matérias-primas utilizadas no dia a dia pode mudar a história de uma comunidade.
Dona Antônia, por exemplo, tem 64 anos, trabalha com artesanato desde muito jovem. No município amazonense ela aprendeu novas técnicas e produz luminárias, cestos, chapéus entre outros itens. Para ela é motivo de muito orgulho ter peças suas espalhadas em vários países.
Acompanhe o que vai rolar no primeiro episódio:
*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar