Narrativas Femininas pelo Mundo: jornalista conhece saberes, tradições e cultura do povo Kambeba

A cerca de 60 quilômetros de Manaus, a comunidade Kambeba mostra a realidade vivida pelas mulheres desse povo e suas relações com artesanato e cantos ancestrais.

O quinto e último episódio do programa Narrativas Femininas pelo Mundo especial Amazônia, no canal Amazon Sat apresenta o quanto é valioso o conhecimento das mulheres amazônidas do povo indígena Kambeba, no Amazonas

Diamantina ou Dona Babá é uma indígena que detém conhecimentos da medicina ancestral e natural. Para ela, as flores e plantas medicinais da floresta são fonte de vida e, segundo ela, em sonho ela sabe se o remédio produzido surtirá efeito positivo.

“Quando tem alguém doente na comunidade eu sempre sonho, alguém aparece e diz o que é para mim fazer e se vai fazer efeito, ou diz o que é para mim usar no chá ou na bebida verde”, afirma Dona Babá.

Foto: Paula Cristina/Arquivo pessoal

Na comunidade, outras histórias como a do restaurante de comidas típicas ganharam destaque. Ele existe a cerca de 10 anos e surgiu por meio de parcerias com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em 2016. O local ficou entre as dez iniciativas vencedoras do prêmio de empreendedorismo feminino do Instituto Consulado da Mulher.

Para Paula Cristina, roteirista e apresentadora, a experiência de ouvir e ver de perto a realidade das mulheres do povo Kambeba, mesmo em um curto período, gerou lições que lhe marcaram para vida. 

Foto: Arquivo pessoal/ Paula Cristina.

“A minha ida à Comunidade Três Unidos, na Aldeia Kambeba, me trouxe memórias inesquecíveis. Tenho um carinho enorme pela Tauana e pela Tainara, participei de uma festa de formatura e fiquei ouvindo histórias do boto até de madrugada. Neurilene, chefe de cozinha do Restaurante Sumimi, e sua mãe, a matriarca da aldeia, compartilharam a importância do alimento produzido em sintonia com a natureza e das plantas medicinais, que curam doenças que ‘até Deus duvida’. Os cantos ancestrais na voz de Raylene, coisa mais linda e sensível. No final das contas, cada detalhe se une para compartilhar o que muitas mulheres indígenas já compartilham de diversas formas: a importância dos seus saberes, culturas e realidades”, relatou.

Paula disse ainda que “ocupar os lugares de viajante e de jornalista é estar constantemente aberta ao aprendizado, ao diálogo com o que outra pessoa sabe e se dispõe a te contar, não há outro caminho. Viajar, principalmente, é você aprender com pessoas que vivem as realidades daquele espaço e que têm propriedade para contar histórias, seja porque estudaram a respeito, seja porque viveram na prática”.

Acompanhe mais detalhes do episódio:

Vídeo: Reprodução/ YouTube/Narrativas Femininas Pelo Mundo

Programa especial

O ‘Narrativas Femininas pelo Mundo’ ganhou um novo caminho: os episódios que já foram gravados na Amazônia são exibidos pelo canal Amazon Sat. No total, são cinco episódios que reúnem a experiência de Paula pela região.

*Por Karleandria Aarújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Beco Catarina Mina: ponto turístico em São Luís marca história de ex-escrava

O beco é um dos pontos mais procurados pelos turistas, pois atualmente conta com lojas de artesanato, bares e restaurantes além de museu.

Leia também

Publicidade