O local reúne cristais, quartzos, ametistas e citrinos distribuídos em formato de mandala, que se harmonizam com plantas e uma fonte d’água.
Diamantes, ametistas, turmalinas, cristais, quartzos e citrinos. As gemas brasileiras são encantadoras, não é mesmo? Já pensou em visitar um local onde pudesse conhecer um pouco dessas preciosidades e entender como a sua história está entrelaçada com a história da Amazônia?
O lugar que um dia foi o pátio de recreação dos detentos no antigo presídio São José, no bairro do Jurunas, em Belém (PA), deu espaço para o único Museu de Gemas aberto que existe no Brasil. O ‘Jardim da Liberdade’ é um dos locais mais visitados do Espaço São José Liberto.
O local reúne cristais, quartzos, ametistas e citrinos distribuídos em formato de mandala, que se harmonizam com plantas e uma fonte d’água.
Muito antes, o prédio foi um convento, em 1749. Porém, serviu como depósito de pólvora, quartel, olaria e hospital até o século XIX, sendo uma das construções mais antigas da cidade. A partir dos anos quarenta do século XX, passou por várias adaptações para se tornar o ‘Presídio São José’, função desativada pelo Governo do Estado em 1998.
Pouco depois, entre 2000 e 2002, o espaço foi adaptado para abrigar Complexo São José Liberto, sendo composto atualmente pelo Museu de Gemas do Pará, pela Oficina de Joias e pela Casa do Artesão.
O Museu de Gemas, integrado ao Sistema de Museus, rememora a história da gemologia no Pará desde períodos que remetem ao século XVIII, e sua exploração até a contemporaneidade. O projeto piloto inicial, foi de autoria do Almirante Nabor da Gama Junior.
O museu aborda, sobretudo, a arte de adornar, os ritos, a confecção de indumentárias e de outros instrumentos ligados às tecnologias dos grupos originários da Amazônia. Destaca-se ainda a riqueza das gemas, minerais, pedras preciosas e joias inspiradas na cultura e na história da região, que influenciou e ainda influencia os ourives e artesãos do lugar.
Inspiração
O local é uma verdadeira inspiração e um dos mais diferentes para se visitar na capital paraense. É um passeio pela história da ocupação, da mineração e das riquezas do solo amazônico. É possível, inclusive, encontrar peças de até 500 milhões de anos entre as cerca de 4 mil do acervo.
No saguão de entrada, o visitante encontra uma drusa de quartzo hialino, pesando 2,5 toneladas, encontrada no Vale do Rio Araguaia. No museu também é possível conhecer o artesanato tapajônico e marajoara, como estatuetas, urnas funerárias, machadinhas, cunhas e pontas de flechas em quartzo e uma coleção de muiraquitãs.
O Espaço São José Liberto está localizado na Praça Amazonas, s/n – Jurumas. Funciona de quarta-feira a domingo, das 9h às 16h. Informações pelo telefone (91) 3344-3526.
*Com informações da Secretaria de Cultura do Pará