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Morador do Amapá, Mestre Ivamar fala sobre papel na novela 'Amor Perfeito'

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Ivamar dos Santos, o Mestre Ivamar, tem 65 anos e está no elenco da novela 'Amor Perfeito', que estreou na última segunda-feira (20) na Globo. O ator, que mora há 20 anos em Macapá, falou sobre a trajetória, luta pelo movimento negro e sobre o novo papel na TV.

O ator conheceu o Amapá em 2002 e desde então nunca mais saiu até receber o convite para entrar para o elenco de 'Amor Perfeito', onde interpreta o personagem Popô.

"Me sinto lisonjeado porque me encontraram no Estado do Amapá. Sou nascido em São Paulo, mas escolhi morar em Macapá e graças a este povo acolhedor vivo há 20 anos e me considero um cidadão amapaense. Para interpretar o Popô foram entrevistados vários mestres no Brasil, e escolheram a mim, me sinto honrado", descreveu o ator.

Mestre Ivamar vive Popô em 'Amor Perfeito'. Foto: Paulo Belote/

Das terras amapaenses o ator contou que levou objetos que representam a cultura local para o cenário da novela.

"Inclui no cenário de minha casa na novela duas caixas de Marabaixo, uma confeccionada pelo mestre artesão Dô Sacaca, e outra confeccionada pelo mestre Pedro Bolão. Penso que é hora de ressignificar o lugar das masculinidades e negras no imaginário das pessoas, e eu pretendo fazer isso com tecnologias e sabedorias ancestrais", disse.

Mestre Ivamar com o elenco de 'Amor Perfeito'. Foto: TV Globo/Paulo Belote

Sobre o personagem, o ator destacou que representa uma parcela muito específica da população e que muitos espectadores que nunca se viram representadores terão essa oportunidade a partir do papel de Popô.

"Minha imagem representa os homens negros com aparência igual a minha, que tem pele retinta, cabelo grisalho, que nunca se viram numa representados numa TV nacional de forma qualitativa. O Popô é um personagem que é um mestre, ele é um romântico, ele é uma figura que cuida das filhas, das netas e comunidade. E isso significa tudo que nós homens negros, quilombolas e periféricos de todo esse Brasil somos, mas nunca mostraram essa perspectiva sobre nós", contou.

*Por Rafael Aleixo, do Grupo Rede Amazônica

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