Projeto de lei que reconhece grupo como patrimônio cultural foi levado à Aleac pela deputada Michelle Melo, e ressalta importância das quadrilhas juninas como parte da identidade acreana.
O grupo cultural e quadrilha junina ‘Malucos na Roça’ foi reconhecido como patrimônio cultural do Acre após um projeto de lei (PL) levado à Assembleia Legislativa do Estado (ALeac) pela deputada Michelle Melo (PDT) ser sancionado pelo governo. O PL foi publicado na edição do dia 27 de dezembro do Diário Oficial do Estado.
Através de uma rede social, o presidente do grupo, Bismarck Moura, comemorou a novidade e disse que os integrantes da junina estão gratos pela publicação da lei. De acordo com Moura, o reconhecimento fortalece o grupo e auxilia no desenvolvimento das atividades que vão além da cultura.
O projeto cita a relevância das quadrilhas juninas em geral, e não apenas da ‘Malucos na Roça’ na cultura do Estado. O documento ressalta ainda que as quadrilhas juninas são uma importante manifestação cultural para a identidade acreana, e merecem ser valorizadas e protegidas.
“A quadrilha é uma manifestação cultural tradicional que desempenha um papel importante na identidade cultural do nosso Estado. Com suas danças, músicas e trajes característicos, a quadrilha preserva e transmite tradições locais, promovendo a integração comunitária e enriquecendo nosso patrimônio cultural. Este projeto de lei visa reconhecer oficialmente a quadrilha como patrimônio cultural do estado, proporcionando a proteção, valorização e promoção adequadas para essa forma de expressão artística”,
diz.
Ainda na lei, o texto relembra que Malucos na Roça foi fundado em 2003, no Bairro Cidade Nova, com o propósito de levar arte e cultura até as comunidades carentes locais e áreas adjacentes. O grupo se desenvolveu, possui mais de 100 membros atualmente e promove eventos culturais e sociais na periferia de Rio Branco.
A junina venceu o circuito junino de Rio Branco em 2022, e faturou o prêmio de R$ 8 mil. Em 2023, o grupo ficou na terceira posição.
“Quando a gente levou o projeto à deputada, eu fiquei pensando: ‘será?’. A secretária ligou e disse que já estava na Assembleia, ligou novamente e disse que estava para ser votado. Quando foi aprovado, pensamos: é a realização de um sonho. Porque a gente teve que lembrar que através desses projetos de lei a gente consegue resgatar crianças e jovens do mundo das drogas, do mundo da prostituição, das margens da sociedade”, ressaltou Moura.