O Leite de Colônia é um produto popular no Brasil e queridinho entre muitas pessoas, considerado um potente adstringente que remove a oleosidade do rosto. É um daqueles produtos que atravessam gerações.
A invenção desse cosmético é atribuída ao médico e farmacêutico cearense Arthur Pereira Studart, em 1948. A data é considerada confusa pelos historiadores, visto que o produto foi criado pelo pai de Arthur, Carlos Guilherme Gordon Studart, que era formado em Farmácia.
Porém, segundo consta em alguns anúncios, propagandas, jornais e revistas da época, provavelmente o produto tem um tempo de existência um pouco maior. Mas que relação este produto teria com a Amazônia?
Acredita-se que 1948 tenha sido o ano de registro do produto. Segundo relata o bisneto de Carlos Studart, o escritor Jorge de Franco, a farmácia/laboratório do Leite de Colônia funcionava na esquina da Avenida Eduardo Ribeiro com a Sete de setembro, no Centro de Manaus.
“Minha mãe trabalhou na fábrica ajudando seu avô, ela contava a história. Eu sei que a fábrica era em Manaus, ele criou a fábrica em Manaus. Eles exportavam para a Europa e depois que acabou a época áurea da borracha, eles foram para o Rio de Janeiro. O filho, que seria meu tio-avô, foi para o Rio de Janeiro, levou a fábrica para lá, funcionou por anos e depois eles venderam para uma multinacional”, explicou o escritor ao Portal Amazônia.
Ainda em Manaus, Carlos Studart exerceu o cargo de Mordomo e Provedor da Santa Casa, foi também Coronel da Guarda Nacional, proprietário e redator chefe do jornal Comércio do Amazonas.
Jorge afirma que após cerca de 50 anos no Amazonas e transferir a fábrica de Leite de Colônia, Carlos obteve grande sucesso nacionalmente. Com parte de seu ganho, construiu dois prédios de apartamentos no Rio de Janeiro e, não esquecendo a terra que o acolheu, deu o nome de ‘Manaus’ a um deles, e ao outro chamou de ‘Studart’.
*Por Karleandria Araújo, estagiária sob supervisão de Clarissa Bacellar