Kaçauerés e paikicés: as “formigas humanas” do Festival de Parintins

O termo e a função surgiram oficialmente em 1990, quando a complexidade das alegorias cresceu e se tornou necessário organizar um grupo específico para o translado dessas estruturas.

Fotos: Reprodução/Sites oficiais

Paikicés e Kaçaurés são os nomes dados aos trabalhadores responsáveis por mover as gigantescas alegorias do Festival Folclórico de Parintins dos bois Caprichoso e Garantido, respectivamente. Embora pouco reconhecidos, esses homens são essenciais para a magia que se desenha na arena do Bumbódromo.

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No boi Garantido, esses trabalhadores são chamados de Kaçauerés, termo que vem da língua Nheengatu e significa ‘formiga’. Já no boi Caprichoso, eles recebem o nome de Paikicés, palavra de origem Munduruku que pode ser traduzida como ‘formiga de fogo’. 

Ambas as denominações remetem a imagem da formiga por um motivo especial: assim como os insetos são capazes de carregar objetos muito maiores que seu próprio corpo, os trabalhadores movimentam as imensas estruturas cenográficas que encantam o público durante as apresentações.

Kaçauerés trabalhando no translado de alegorias. Foto: Reprodução/Facebook-Boi Garantido

O termo e a função surgiram oficialmente em 1990, quando a complexidade das alegorias cresceu e se tornou necessário organizar um grupo específico para o translado dessas estruturas. Hoje, mais de 100 homens se inscrevem, com cerca de um mês de antecedência, para atuar na função.

Apesar de não serem considerados itens oficiais da disputa, os Kaçauerés e Paikiscs são parte vital do item 16,  alegoria, garantindo que tudo esteja posicionado no tempo e local certos, e do item 21, pois além de tudo são responsáveis por manter a organização do Conjunto Folclórico.

Paikicés trabalhando no translado de alegorias. Fotos: Arleison Cruz/Site oficial Boi Caprichoso




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