Galeria de arte a céu aberto em Parintins chama atenção com “esculturas de lixo”

A galeria foi inaugurada em 2022 e faz parte do projeto ‘Excultura’, que inclui as obras ‘Aranha’, ‘Iguana’, ‘Cobra Grande’ e ‘Postegar’. O objetivo é repensar a degradação ambiental.

Não é segredo para ninguém que a cidade de Parintins (distante a 369 quilômetros de Manaus), no Amazonas, é um “celeiro” de talentos artísticos, seja na música, dança ou artes visuais. E, cada vez mais, a Ilha Tupinambarana respira arte. A prova disso é uma galeria a céu aberto recente, que deixa a estrada do aeroporto Júlio Belém com uma paisagem diferenciada, mais bela e com o objetivo de repensar a degradação ambiental.

Obras trazem como tema a conscientização. Foto: Divulgação

A galeria foi inaugurada em 2022 e faz parte do projeto ‘Excultura’, que inclui as obras ‘Aranha’, ‘Iguana’, ‘Cobra Grande’ e ‘Postegar’. Os projetos levam a assinatura de diferentes artistas de Parintins, entre eles, Jair Mendes, Iran Martins, Evanil Maciel, Glacivan Silva e José Trindade. A galeria recebeu recursos da Lei Aldir Blanck – Programa Cultura Criativo 2020 – Prêmio Feliciano Lana.

De acordo com o artista visual e professor do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, Josinaldo Matos, as obras foram confeccionadas com reciclagem de lixo. 

“Elas representam o consumismo humano que depreda a natureza. Por isso, os artistas trabalharam com essa visão ao montarem as estruturas”, 

afirmou ao Portal Amazônia.

Materiais 

A cobra grande, com mais de cinco metros, foi produzida com ferro e cinco mil garrafas pet. Já a aranha de cinco metros, recebeu uma estrutura de ferro, além de concreto, garrafas de vidro e televisores antigos. A iguana foi criada a partir do uso de três mil pneus de carros, motos e bicicletas.

De acordo com a organização, a principal fonte de materiais dessas obras são das alegorias utilizadas pelos bumbás Garantido e Caprichoso durante o Festival de Parintins

A ideia é dar um novo destino às centenas de peças, objetos e materiais que seriam considerados lixo após o festival, gerando uma sobrevida artística de conscientização sobre o reaproveitamento e impacto ambiental.

A lenda da cobra grande ganhou uma versão na exposição. Foto: Divulgação

Iguana foi produzida com pneus usados. Foto: Divulgação

Aranha possui mais de cinco metros. Foto: Divulgação

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