9 filmes amazônicos para ver online e de graça

Cena do filme Ela mora logo ali (Rondônia). Foto: Divulgação

O cinema amazônico tem se consolidado cada vez mais como um espaço de narrativas que fogem dos estereótipos impostos à região. Essas produções dão protagonismo a personagens, memórias e saberes locais, abordando temas como identidade, ancestralidade, conflitos sociais e resistência. 

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Realizados por diretores e atores da própria região, os filmes amazônicos dialogam com seus territórios, e utilizam o audiovisual como ferramenta de expressão, denúncia e preservação cultural. 

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Alguns desses filmes, curtas e documentários regionais estão disponíveis de forma online e gratuita:

O Comedy Club (Tocantins)

O longa acompanha Daniel, um jovem que chega a São Paulo e descobre uma nova vocação no universo da comédia stand-up. Ao retornar à sua cidade natal, no interior do Tocantins, ele decide aplicar o que aprendeu para sobreviver e, ao mesmo tempo, provocar transformações ao seu redor.

O filme, primeiro longa-metragem do Tocantins a estrear em circuito nacional, foi dirigido por André Araújo e estrelado por Manoel Medeiros, Paulo Carvalho, Júnior Foppa, Nathalia Cruz e Cinthia Abreu. Além disso, o longa destaca os bastidores das apresentações de humor como instrumento de autoconhecimento e reflexão social.

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Terruá Pará (Pará)

O documentário, dirigido por Jorane Castro, mostra a diversidade da cena musical paraense, marcada pelo diálogo entre tradição e modernidade. No longa amazônico, ritmos como o carimbó, a guitarrada e a música eletrônica se mesclam com depoimentos de artistas como Dona Onete, Pio Lobato, Manoel Cordeiro, Keila e o Trio Manari.

Do colo da terra (vários estados)

O documentário, dirigido por Renata Meirelles e David Vêluz, retrata a infância entre os povos Guarani Kaiowá, Guarani Nhandeva, Baniwa e Khisetje, no Amazonas, Pará, Mato Grosso e São Paulo. A partir de rituais, ensinamentos e práticas cotidianas, o filme mostra como cuidar da natureza é também preservar a própria existência. 

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Cabana (Pará)

O curta, ambientado durante a Revolução da Cabanagem no Pará, entre 1835 e 1840, narra o encontro de duas mulheres ligadas ao movimento, que refugiadas em uma cabana na floresta, precisam fugir antes de serem descobertas pelas autoridades. 

O curta foi o primeiro filme paraense a conquistar o prêmio de Melhor Curta no Festival do Rio (2023), e selecionado por mais de 40 festivais pelo país. Além disso, o filem se destaca pelo trabalho sonoro e pelo uso do silêncio para intensificar a tensão dramática.

Cidade quente de Manaus (Amazonas)

Em Manaus, dois amigos se reencontram para comer bodó e, a partir dessa conversa aparentemente simples, o filme percorre cheiros, casas e afetos marcados pelo calor da cidade. 

O curta amazônico, dirigido por Rafael Ramos, acompanha um personagem gay e uma travesti que enfrentam intolerância, machismo e exclusão. 

O filme é um retrato intimista e urgente de uma Manaus: viva, exausta, onde resistência e afeto caminham lado a lado.

Yuri u xëatima thë – A pesca com timbó (Amazonas e Roraima)

O curta-documentário, realizado por jovens Yanomami, registra o processo tradicional de pesca com timbó, cipó utilizado para atordoar os peixes. O curta amazônico, exibido no Festival de Veneza, transmite, valoriza saberes ancestrais e revela, pela captura e opção narrativa, pequenos recortes de uma imensa floresta imensa. 

Sabá (Acre)

Dirigido por Sérgio de Carvalho, o documentário acompanha Sabá Marinho, um líder seringueiro de Xapuri, no Acre, que há décadas luta por melhores condições de trabalho para sua classe. Companheiro de Chico Mendes, assassinado por fazendeiros em 1988, Sabá relembra os momentos de sua jornada entre as novidades de morte, os conflitos de terra e a floresta.

Sabá é um dos filmes amazônicos para ver online e de graça
Foto: Divulgação

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Utopia (Amapá)

Foto: Divulgação

Produzido no Amapá e dirigido por Rayane Penha, o curta acompanha a filha de um garimpeiro falecido, que reúne fotos, cartas e depoimentos para reconstruir a história do pai.

O documentário, que questiona o mito do eldorado e expõe as marcas deixadas pela mineração, faz com que o percurso se confunda com as contradições da exploração da terra, revelando dores, ausências e impactos do garimpo na Amazônia. 

Ela mora logo ali (Rondônia)

Produzido em Rondônia, o curta acompanha o encontro entre uma vendedora de bananas fritas e uma jovem leitora em uma cidade amazônica. O que começa como um contato casual em um ônibus se transforma em novas possibilidades de afeto e desejo, motivadas pela busca pelo livro favorito do filho.

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