Na Amazônia, as produções cinematográficas ganham novos adeptos à cada ano, pois ainda não tem a mesma atenção que o restante do país.
O cinema brasileiro é rico em produções que retratam o dia a dia da população. Muitos filmes trabalham histórias fictícias, dramas e comédias, enquanto outros trazem reflexões, como os documentários.
Na Amazônia, essas produções ganham novos adeptos à cada ano, pois ainda não tem a mesma atenção que o restante do país. O Portal Amazônia encontrou alguns filmes da nova geração para você conhecer:
Noites alienígenas (Acre)
A periferia da Amazônia urbana, as fronteiras entre cidade e floresta, utilizando elementos do realismo fantástico, são alguns dos principais pontos de destaque no longa. A obra é inspirada no romance de mesmo nome escrito por Sérgio de Carvalho.
Solitude (Amapá)
Trata-se de uma animação em 2D produzida no Amapá que mostra a busca da protagonista “Sol” pelo autoconhecimento e a mudança pessoal após o término conturbado de um relacionamento amoroso. É o primeiro curta-metragem de animação produzido no Amapá com recursos da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
A “solitude” demostrada pela obra não tem a ver com a solidão, mas, sim, com um estado de espírito em que a pessoa entende o valor da própria companhia. A obra também recebeu financiamento do governo estadual e foi aprovada no 1º Edital de Produção Audiovisual do Amapá, ocorrido em 2017.
Solitude Animação – Trailer – Jubarte Audiovisual e Castanha Filmes/AP from Jubarte Audiovisual on Vimeo.
O Rio do Desejo (Amazonas)
Baseado na obra do escritor amazonense Milton Hatoum, o filme conta a história de Dalberto (Daniel de Oliveira) que, ao se apaixonar por Anaíra (Sophie Charlotte), abandona seu trabalho na polícia para viverem às margens do Rio Negro, no Amazonas. A casa é dividida por Dalberto com os dois irmãos.
Mas, quando Dalberto é obrigado a se arriscar em uma longa viagem rio acima, Dalmo (Rômulo Braga), o irmão mais velho, precisa lutar para controlar a atração que sente pela cunhada. Enquanto isso, Anaíra e Armando (Gabriel Leone), o caçula, também se aproximam. E a volta de Dalberto reúne, sob o mesmo teto, três irmãos apaixonados pela mesma mulher.
O reflexo do lago (Pará)
A usina hidrelétrica paraense de Tucuruí, uma das maiores do Brasil, carrega no seu entorno uma contradição: os habitantes das ilhas formadas por seu lago não têm acesso a direitos básicos, dentre eles a própria energia elétrica.
Com um olhar sensível para o espaço, o documentário apresenta estes sujeitos em uma estética ‘preto & branco’ que atravessa os encontros, relatos e imagens de arquivo. Símbolo do ideal de progresso destrutivo do regime militar, a usina materializa o desejo de domar a floresta, enquanto essas comunidades nos ensinam outros caminhos de lida e cuidado com a terra.
O território (Rondônia)
Com acesso inédito e coproduzido pela comunidade Uru-eu-wau-wau, o documentário coloca o público no centro desse conflito em que jovens líderes indígenas e ativistas ambientais arriscam suas vidas para defender a floresta.
Palasito (Roraima)
Não bastasse o conflito, o meteorito exerce uma curiosa influência sobre o comportamento dos pesquisadores. E, para completar, uma mulher indígena alerta que, por meio de sonho que teve com a pedra de fogo que caía do céu, desgraça e a morte chegariam ao seu povo.
O filme é um projeto inspirado em contos de terror como as obras do escritor H.P Lovecraft e o filme ‘Enigma do Outro Mundo’, de John Carpenter. O nome “Palasito” refere-se ao nome dado a um raríssimo meteorito de interior cristalizado, que na comunidade científica dependendo de seu tamanho pode chegar a um valor na casa de milhões de dólares.
A flor de Buriti (Tocantins)
Esse é um longa que já até premiado no Festival de Cannes, na França. Ele retrata a luta pela terra e as diferentes formas de resistência da comunidade da aldeia Pedra Branca, na terra indígena Krahô, no Tocantins. A produção busca mostrar a relação dos Krahô com a terra, além de refletir sobre como essa mesma relação vai sendo elaborada com o passar do tempo. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participa do filme.