Tradição viva: Centro Cultural do povo indígena Kambeba é inaugurado no Amazonas

Cerca de 220 indígenas do povo vivem no local e o espaço tem o intuito de manter viva a tradição dos povos originários na região.

Foto: Patrick Marques/g1 Amazonas

O Centro de Desenvolvimento Cultural, Humano e Sustentável do povo indígena Kambeba, no Amazonas, foi inaugurado no dia 1° na Comunidade Três Unidos, há 60 quilômetros de Manaus. Cerca de 220 indígenas do povo vivem no local e o espaço tem o intuiro de manter viva a tradição dos povos originários na região.

Com o intuito de preservar e incentivar essa tradição, a empresa NTICS, que ajuda iniciativas a se conectarem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), inaugurou o Centro de Desenvolvimento Cultural, Humano e Sustentável Kambeba na Amazônia, dentro da comunidade.

No espaço, o povo Kambeba que mora na comunidade vai poder trabalhar e desenvolver seus costumes e tradições de diferentes maneiras, segundo o tuxaua da comunidade, Waldemir Kambeba.

“A comunidade do povo Kambeba, que era uma comunidade que, aliás, era uma cultura que estava se esquecendo e que hoje está fortalecida com mais um centro cultural. Vai acabar de fortalecer muito mais, garantir o fortalecimento de toda a nossa cultura, manter esse território em forma de culturas tradicionais, como de medicina, dos nossos conhecimentos, das nossas danças, das nossas línguas, da nossas crenças que isso é importante para o nosso povo”, disse.

A ideia de construir o espaço veio em 2022, quando a NTICS esteve na comunidade três unidos para fazer um documentário sobre o povo kambeba, segundo o representante da empresa, Bellmond Viga

“Para nós, chegar aqui mais de dois anos atrás, na época do documentário, e ter vivenciado isso, foi sair desse lugar mental, onde a gente sabe de várias problemáticas, de vários diagnósticos, mas entender na prática o que poderia ser feito. Então, mais do que chegar aqui, a gente começou a entender profundamente que soluções da Amazônia pro mundo precisam existir e não ao contrário, como hoje em dia acontece”, contou viga.

O momento especial para os moradores teve uma roda de conversa sobre diferentes assuntos como as necessidades do povo e fortalecer suas raízes e os saberes da comunidade.

O esporte também teve espaço, com a participação de atletas indígenas da canoagem, que já foram campeões regionais e representaram o Amazonas em competições nacionais.

Outro momento que marcou a abertura do espaço, foi o lançamento do livro chamado “Curas da Terra”, escrito por Baba Kambeba, matriarca da comunidade, que não pôde estar presente por questões de saúde.

*Por Patrick Marques, da Rede Amazônica AM

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