No RPG de mesa desenvolvido pela Pahca Games, os jogadores assumem o papel de sobreviventes em um ecoapocalipse
Em um futuro (distópico?) em que as atividades humanas aceleraram o aquecimento global, intensificando seus efeitos colaterais, como mudanças nos regimes das chuvas e períodos de seca mais longos e severos, surge uma tecnologia com capacidade de controlar o clima.
Essa é a premissa de Célula Selvagem: Testamento da Terra, um RPG (Role Playing Game) de mesa desenvolvido pela Pahca Games, em que jogadores assumem o papel de sobreviventes em um ecoapocalipse desencadeado por S.A.R.A.H (Ser Artificial Restrito ao Aprendizado Humano).
O projeto da Pahca Games foi aprovado no edital Mato Grosso Criativo, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). “Estamos muito empolgados com esse projeto tão ousado, que coloca Mato Grosso no mapa nacional do RPG. Foi uma grata surpresa dentre os projetos inscritos no edital MT Criativo”, diz o secretário Alberto Machado.
Célula Selvagem
Num universo fictício, Mato Grosso é o maior produtor de alimentos do mundo e para manter-se no topo, é o primeiro a investir na tecnologia Célula Selvagem, para gerenciar ciclos climáticos ao seu bel prazer.
Mas algo sai do controle e a natureza passa a imperar transformando a capital do Estado, Cuiabá, em uma ruína selvagem com paisagens desertificadas, planícies alagadas e florestas densas habitadas por animais geneticamente modificados, dotados de força e inteligência incomuns. É nesse ambiente que seres humanos tentam sobreviver – quantos dias conseguirem -, sob a vigília constante de S.A.R.A.H.
A história original foi concebida pela mente criativa do escritor e fã de RPG, Caio Ribeiro, que orquestrou toda equipe junto a seu parceiro criativo e outro entusiasta de RPG, Pahblo Smorcinski. Este assumiu a gerência de programação do jogo.
O livro Célula Selvagem: Testamento da Terra – que estará disponível para download já no lançamento, traz todos os manuais e regras, a história do jogo e a campanha inicial. O projeto conta ainda com um aplicativo de gerenciamento de fichas para tornar a criação de personagens e atualização de dados mais eficaz. O app roda em celular e computador.
Cuiabá é cenário do jogo. Um mapa no livro revela a cidade dividida em três cenários onde os biomas a dominaram: Cerrado – porém desertificado -, em alguns pontos vira planície alagada e em outros, a selva amazônica se sobrepõe. Cartões-postais, como a Catedral Bom Jesus de Cuiabá e a Arena Pantanal, ressurgem totalmente alterados com o domínio da natureza.
Caio Ribeiro conta que a história está recheada de easter-eggs que têm como referência personalidades da cultura mato-grossense.
Produtora independente
Caio e Pahblo, contam que a Pahca Games, produtora independente de jogos, foi criada por ambos em 2020 com a motivação de inserir Mato Grosso no mercado de games.
“Com apoio da Lei Aldir Blanc conseguimos consolidar esse que é nosso primeiro projeto. Nosso objetivo é trabalhar com jogos de tabuleiro e eletrônicos, mercado que está se consolidando no mundo todo e começa a despontar em Mato Grosso”.
E então, para que o projeto do Célula Selvagem – Testamento da Terra fosse consolidado, reuniram um time de profissionais de vários cantos do país e do mundo, trabalhando no primeiro sistema de RPG que, além de ser feito em Mato Grosso, as aventuras ocorrem no próprio Estado.