Boi-bumbá Malhadinho conquista bicampeonato no Festival Folclórico Duelo na Fronteira

O tema defendido esse ano foi 'TEKOHÁ', com o significado 'este chão é nossa essência'. O enredo buscava celebrar as raízes e histórias de Rondônia.

O Boi-bumbá Malhadinho conquistou o título de bicampeão no Festival Duelo na Fronteira 2024, que aconteceu entre os dias 15 a 17 de novembro em Guajará-Mirim (RO).

O Boi da Nação azul e branca venceu com 835 pontos, contra 827,5 do Flor do Campo, uma diferença de 7.5 na pontuação geral das duas noites de disputa. O tema defendido esse ano foi ‘TEKOHÁ’, com o significado ‘este chão é nossa essência’. O enredo buscava celebrar as raízes e histórias de Rondônia. O tema escolhido fez uma homenagem à resistência dos povos originários e dos negros quilombolas, protagonistas de uma luta histórica por dignidade e preservação de suas identidades.

No sábado, primeira noite de apresentação, o Boi Malhadinho foi o primeiro a entrar no Bumbódromo Márcio Paz Menacho.

Fotos: Ceiça Pereira

Durante o espetáculo, o Malhadinho mostrou lendas da região amazônica e deu espaço para apresentar a cultura do Divino Espírito Santo, que acontece às margens do Rio Guaporé entre Brasil e Bolívia.

No domingo, o Boi da Nação azul e branca abordou a celebração da vida e resistência dos povos da Amazônia.

Entre elas, levou a conhecimento a “A Lenda do Pirarucu”, que conta a história de um jovem indígena cruel e egoísta que foi transformado em um peixe gigante.

Para a presidente do boi-bumbá Malhadinho, Camila Miranda, a conquista é resultado de muito trabalho:

Fotos: Ceiça Pereira

Flor do Campo

O Boi-bumbá Flor do Campo levou para arena o tema ‘Terra de um Povo Mestiço’, como forma de homenagem aos povos que sobrevivem dentro das raízes negras, indígenas e caboclas.

Durante toda a noite de sábado, a apresentação da agremiação da Nação vermelha e branca retratou a as culturas que formam a identidade mestiça da Amazônia.

No domingo, a agremiação levantou subtemas como a arte como forma de resistência, destacando a força de um povo.

De acordo com o presidente do boi-bumbá Flor do Campo, Ricardo Maia, a agremiação trouxe um espetáculo esse ano e entregou o prometido:

Cada agremiação teve 2h30 de apresentação na arena e, durante o processo de apuração, uma comissão de jurados avaliou 21 critérios das duas equipes.

O Festival foi criado em 1995 e é uma das tradições realizadas em Guajará-Mirim, em Rondônia. É um dos maiores eventos culturais do estado de disputa entre os dois bois-bumbás. Em 2023 foi considerado Patrimônio Cultural Imaterial rondoniense.

*Por Leiliane Byhain

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