Boi Boiola, o “boi da Grelhação”: conheça um dos bumbás da diversidade em Parintins; saiba qual é o outro

Conhecido como “Boi da Grelhação”, o Boi Boiola possui reinterpretações de todos os itens de avaliação do Festival Folclórico de Parintins.

Boi Boiola. Foto: Reprodução/Facebook-Boi Boiola

Criado em 2004 e batizado de Boi Boiola, o boi rosa choque nasceu da vontade de um grupo de amigos LGBTQIA+ de fazer parte do maior espetáculo a céu aberto da Amazônia, o Festival Folclórico de Parintins. Com batom, salto alto, cílios longos e muita irreverência, o Boi Boiola desfila pela Ilha Tupinambarana levantando a bandeira da inclusão. 

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No ano da criação, o espaço dentro dos bois oficiais, Caprichoso e Garantido, ainda era marcado por padrões rígidos de beleza, masculinidade e representação cultural. Sentindo-se à margem desse universo, Tarcísio Gonzaga e seus amigos decidiram dar vida ao que se tornaria o primeiro boi LGBTQIA+  da história da cidade.

“Surgiu como uma festa particular, mas os meus amigos acabaram sugerindo que abrisse para o público. No início, ficamos temerosos com represálias, porém, o boi Boiola conquistou as pessoas e vem crescendo a cada dia”, declarou Tarcísio.

Conhecido como “Boi da Grelhação”, o Boi Boiola possui reinterpretações de todos os itens de avaliação do Festival Folclórico de Parintins. Dentre os itens reinterpretados estão a Rainha do Folclore, a Cunhã-poranga, a Porta-estandarte, a Lenda gay, e o boi bumbá de batom, cílios e salto alto.

Boi Boiola, em Parintins, celebra a diversidade. Foto: Reprodução/Facebook-Boi Boiola

Toadas

A base das apresentações do Boi Boiola são as paródias: versões desconstruídas das toadas dos bois oficiais do festival reescritas com temas que envolvem o universo LGBTQIA+, enfrentamento ao preconceito e celebração da diversidade.

Curral Mundo Rosa

O curral do boi está localizado na chácara Mundo Rosa, na comunidade Aninga, em Parintins. Lá são realizadas as festas, os ensaios e as lives promovidas pela associação do Boi.

Além disso, o espaço também funciona como uma escola artística e de cidadania, pois é onde os integrantes compartilham entre si saberes que vão da maquiagem ao figurino, passando por corte, costura, design e coreografia. 

Criado como uma forma de resistência, o boi boiola hoje simboliza inclusão, liberdade e afeto, provando ano após ano que a cultura é mais rica quando se acolhe.  

Leia também: ‘Bumbá Arco-íris’: Boi Rasgadinho é um dos bois da diversidade parintinense; saiba qual é o outro

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