Quem foi Eduardo Ribeiro e qual sua influência para o Amazonas

Em seu governo, Manaus passou por inúmeras transformações, especialmente porque a capital vivia em um momento financeiro positivo com a exportação da borracha.

Eduardo Ribeiro. Imagem: Divulgação

Uma das Avenidas mais famosas do Centro de Manaus é a Avenida Eduardo Ribeiro. Mas você sabe quem foi Eduardo Ribeiro e porque uma das principais vias da capital amazonense foi batizada com seu nome?

Eduardo Gonçalves Ribeiro foi jornalista e militar. Nasceu no dia 18 de setembro de 1862 em São Luís, no Maranhão. Foi apelidado de ‘Pensador’, em decorrência de sua ativa participação nos movimentos republicanos e por ter editado o jornal maranhense ‘O Pensador’.

Em 1887 chegou a Manaus, no Amazonas, onde serviu como tenente do Exército. Já na República, em 1890, foi convidado por Augusto Ximeno de Villeroy, que em 4 de janeiro tomou posse como governador do Amazonas, para compor a alta administração do estado como chefe de seu gabinete. 

Quando Villeroy deixou o cargo e se transferiu para o Rio de Janeiro, substituiu-o no governo. Eduardo Ribeiro tomou posse no dia 2 de novembro de 1890 e foi afastado do cargo em 4 de abril do ano seguinte. No entanto, retornou 12 dias depois após o apoio e mobilização popular.

Ao encerrar o mandato, foi promovido a capitão de 1ª classe e foi transferido para o Rio de Janeiro, onde também assumiu o posto de professor da Escola de Guerra. Voltou ao Amazonas em 1892 e propês a criação da primeira constituição estadual, com ideais republicanos e positivistas.

Em seu governo, Manaus passou por inúmeras transformações, especialmente porque a capital vivia em um momento financeiro positivo com a exportação da borracha e precisava atrair mão de obra e capital estrangeiro. Esse e outros fatores motivaram Eduardo Ribeiro a modernizar a cidade.

Assim, como governador do estado, ele foi responsável por agilizar e terminar a construção do Teatro Amazonas e muitas das outras obras de urbanização da cidade, entre elas o Reservatório do Mocó e o Palácio da Justiça, por exemplo.

Foram várias obras feitas e vale ressaltar que, no período de seu governo, o estado estava vivendo a Belle Époque, por isso, uma política de embelezamento, saneamento e desenvolvimento, tendo como norte a cidade de Paris (França), transformando Manaus na conhecida “Paris dos Trópicos”.

Ele morreu em Manaus, em circunstâncias não esclarecidas. Foi encontrado em 14 de novembro de 1900, sentado no chão da sua casa, de pijamas, enforcado. Na residência encontravam-se apenas policiais designados para sua tropa particular, afinal, o maranhense era deputado e presidente da Assembleia. O inquérito foi encerrado e a polícia classificou a morte como suicídio, mas acredita-se que o ex-governador possa ter sido envenenado. 

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