O estudante de engenharia elétrica Aksel Santos Campos, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), usou seus conhecimentos da academia para desenvolver uma máquina de passar roupa ‘potente’. O equipamento chama atenção por conta de sua praticidade: ele passa, em vinte minutos, até 25 roupas ao mesmo tempo.
A máquina começou a ser desenvolvida em 2017. A ideia do estudante Aksel é aumentar a duração das roupas e auxiliar a vida doméstica. “Máquina de passar a vapor automatizada”, a Mapava, como foi nomeada, está no terceiro protótipo.
“Eu pensei na dificuldade da pessoa de ter que passar a roupa a ferro, porque acaba dando problemas nas costas e tem também o desgaste físico dos braços. Então eu pensei em utilizar o vapor, que entra na trama do tecido e desamassa. Também o ferro acaba desgastando o tecido ao longo do tempo. Então a máquina veio para solucionar esses dois problemas”, explica o inventor.
Todo desenvolvimento foi feito no laboratório da universidade. O processo foi supervisionado e orientado por um professor. Campos também contou com a ajuda de amigos do curso de engenharia para chegar ao formato atual.
O equipamento tem a forma de um guarda roupa, precisa ser ligado a uma mangueira para obter a água e funciona a base de energia. Em seguida, uma resistência elétrica esquenta e vaporiza a água. Para terminar, as roupas secam fora da máquina.
“Funciona parecido como uma máquina de lavar roupa. Libera água, que enche até um determinado nível, depois gera vapor que entra na trama dos tecidos, desamassando a roupa e dando resultado final que é uma passagem mais eficaz e rápida”, resume Aksel Campos.
O estudante diz que o material é resistente a altas temperaturas para isolar o vapor. Ele também explica que por fora o revestimento do equipamento é feito de zinco, por ser mais acessível e demorar mais a enferrujar. Há também um vidro temperado que serve como porta e, armações de metal por dentro.
A elaboração teve um custo de cerca de R$ 3 mil. O investimento é ainda maior, por conta disso, nas próximas fases pretendem tornar o produto adequado para o mercado. Por isso, Campos já iniciou o processo de solicitação de patente pela Transferência Tecnológica da Unifap e Núcleo de Inovação.
“O próximo passo é desenvolver mais, até que eu consiga chegar a uma máquina de valor mínimo para poder ser utilizada na indústria. Pretendo fazer parcerias com alguma indústria que tenha interesse em investir na inovação e torná-la atraente para venda”, conclui o acadêmico.