A Amazônia é rica em espécies de palmeiras como açaí, buriti, bacaba entre outros. A polpa dos frutos destas espécies fazem parte da dieta amazônica e são bastante apreciados em outras regiões. Agora, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) estuda o emprego da goma do buriti na indústria de alimentos e farmacêuticos.
O pesquisador Diego Aires, por meio do Programa de Desenvolvimento Técnico Científico Sustentável, analisa a goma do buritizeiro, substância eliminada pelo caule da palmeira após o corte. De acordo com ele, a goma de outras plantas e animais já é usada no mercado como aditivo alimentar e insumo químico para a formulação de novos produtos. “Algumas gomas são usadas para dar viscosidade a alimentos, diminuir a perda de água e até aglutinante de pílulas”, explica o pesquisador.
O uso intensivo pelo mercado faz do buriti um insumo em potencial para a produção de gomas. O estudo do pesquisador analisa o princípio ativo, a estrutura da planta que produz a goma e os principais dados para estimar quanto seria possível produzir por ano. “Ainda não temos o resultado do princípio ativo, mas a caracterização química já aponta um potencial para o buriti”, disse Diego Aires.
Para o pesquisador além do buriti outras palmeiras da região podem também ser utilizadas. “O buritizeiro é apenas uma das palmeiras da Amazônia. Só na região nós temos mais de 227 espécies de palmeiras. Faltam ainda estudos na área que possam apresentar os dados dessas plantas que poderiam fornecer renda para as áreas rurais da região”.