Rondônia possui inúmeros lagos naturais que podem servir de criadouros para espécies nativas, com seleção e acompanhamento. São grandes ‘tanques’ ainda sem uso, que serão estudados e classificados pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero).Na manhã de segunda-feira (26), na Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), foi assinado o termo de repasse de R$ 200 mil, que permitirá a Fapero realizar uma extensa pesquisa técnica e científica em sistema intensivo de cultivo em tanques rede para lagos artificiais e naturais em todo o estado de Rondônia.A partir de novembro, uma equipe de cientistas iniciará estudo, inicialmente no lago de Cujubim Grande (40 quilômetros ao Norte da cidade de Porto Velho). As pesquisas envolverão demandas locais; acompanhamento e monitoramento dos experimentos; recebimento de documentos oficiais (impressos e digitais) dos resultados preliminares e finais do projeto, que permitirão desenvolver políticas públicas (programas estaduais), que serão divulgadas por meio de boletins, mídias e cadernos facilitadores a produtores (cartilha do produtor).
Francisco Élder de Oliveira, presidente da Fapero, ressaltou que outros aspectos a ser estudados visam o apoio ao desenvolvimento sustentável, com destaque para a piscicultura, a agroecologia, a promoção da agricultura familiar, o beneficiamento e a comercialização de produtos, o resgate cultural e as tecnologias socioambientais.
Evandro Padovani, secretário da Agricultura, disse que o término do projeto acontecerá em outubro de 2017, permitindo um incremento no agronegócio que é a ‘mola’ propulsora do estado. A ênfase nas ações que visam especificamente o incentivo à agricultura familiar são justificados, pois mais de 82% de tudo que se produz na agricultura de Rondônia, vem dos micro e pequenos agronegócios familiares.