Estudantes do Amazonas buscam financiamento para apresentar tecnologia genética avançada no MIT

Estudantes do projeto em frente ao Teatro Amazonas. Foto: Divulgação/Manaus no iGEM 

O DNA é o código por trás dos seres vivos. Características dos olhos, formação dos ossos e até mesmo doenças estão intrinsecamente ligadas aos nossos genes. Desde a descoberta do DNA pelos cientistas a humanidade sonha, através de livros e filmes, o dia em que vai poder modificar o seu próprio código genético a ponto de corrigir defeitos como, por exemplo, a tendência genética de herdabilidade do câncer.

Acadêmicos de universidades do Amazonas e diferentes cursos como biotecnologia, biologia e ciência da computação estão realizando um crowdfunding para levar o projeto que torna os processos de mudança genética mais fáceis para uma competição internacional que acontece no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Boston, nos Estados Unidos. O projeto pretende criar um padrão para a utilizção de uma técnica revolucionária chamada CRISPR.

CRISPR-Cas9

A técnicas conhecida como CRISPR-Cas9 nasceu do estudo de como bactérias conseguem se defender do ataque de vírus. Os estudos mostraram que assim como os seres humanos, as bactérias também enfrentam diariamente uma miríade de doenças virais. Para se protegerem dos ataques dos vírus elas tiveram que criar seu próprio sistema de defesa, o CRISPR associado a proteínas chamadas Cas.

Quando uma bactéria é atacada por um vírus, o material genético desse organismo é lido e analisado pela bactéria, que “memoriza” algumas sequências do código genético viral. Essa memória não é nada mais que parte do DNA do vírus no próprio DNA da bactéria. Assim, toda vez que ela encontrar com aquele padrão, ela saberá exatamente de quem ele pertence.

Os cientistas passaram a utilizar as qualidades do CRISPR-Cas9 para fazerem suas próprias modificações. Segundo a cientista e aluna de biotecnologia, Giovanna Maklouf, a técnica torna o trabalho de modificação genética muito mais fácil. “Antigamente era necessário muitas tentativas até que as modificações acontecessem. Com a técnica CRISPR-Cas9 é muito mais fácil, diminuindo também os custos. Isso por já é uma revolução incrível para a ciência. A nossa ideia é criar um ‘produto’ padrão que poderá ser usado por qualquer cientista do mundo”, afirma a estudante.

Crowdfunding

Estudantes de biotecnologia, medicina, engenharia da computação e design trabalham desenvolvendo as várias vertentes do projeto. “Além do laboratório, o grupo trabalhará com realidade aumentada, buscando formas de engajar a sociedade no projeto e tentando criar uma nova forma de cientistas compartilharem seus experimentos. Além dos trabalhos sociais, como De maneira geral, o laboratório é só uma parte do que nós queremos com o projeto”, afirma Giovanna.

Os estudantes pretendem levar o projeto para uma competição internacional que acontece numa das maiores faculdades de tecnologia do mundo, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em Boston.  Este já é o quarto ano que eles participam da competição.

O preço das passagens, estadias e inscrições do time na competição batem a marca dos R$20.000. A maneira que eles tiveram para resolver o problema foi fazendo o crowdfunding. Ainda faltam mais 50 dias para o fim do crowdfunding que tem como meta cobrir os custos. Qualquer pessoa pode colaborar e ainda recebe premiações específicas pelos estudantes. Para colaborar é só acessar o site da campanha.

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