Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, modificaram geneticamente mosquitos Aedes aegypti tornado-os mais resistentes ao vírus da dengue. A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (12) na revista PLoS.
Os mosquitos modificados geneticamente têm um período de vida menor que os mosquitos selvagens. Os insetos também diminuíram a quantidade de ovos postos. Em testes, os mosquitos modificados geneticamente não responderam bem aos vírus Zika e Chikungunya. Os pesquisadores acreditam que os mecanismos de infecção desses vírus devem ser diferentes do vírus da dengue, e por isso os mosquitos não conseguiram controlar a infecção.
Segundo o documento, apesar de décadas de tentativas de controle de doenças, a dengue continua sendo transmitida por mosquitos, causando cerca de 390 milhões de infecções anualmente. A pesquisa afirma que a ciência ainda não entende plenamente o processo de infecção da dengue na espécie Aedes aegypti. Entretanto, trabalhos como esse ajudam os cientistas a entenderem os mecanismos por trás da doença.
Mosquitos transgênicos
Mosquitos modificados não são novidade para os brasileiros. Em fevereiro de 2016, mosquitos transgênicos – produzidos pela empresa britânica Oxitec – foram liberados em dois bairros da cidade de Juazeiro, na Bahia. O inseto modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti espalhadas na região.