Agronegócio avança em Rondônia com irrigação otimizada

Antônio Ferreira de Sousa explica funcionamento da Estação Agrometeorológica. Foto: Ésio Mendes/Secom-RO
Quem trabalha com agricultura em Rondônia sabe: o verão amazônico castiga. O sol forte e as poucas chuvas são ameaças para o resultado da colheita. Mas não é necessário muito para conseguir uma irrigação precisa. É o que aponta o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Regional de Ji-Paraná, Antônio Ferreira de Sousa.

A Estação Agrometeorológica foi uma das atrações da Vitrine Tecnológica da 6ª Rondônia Rural Show. “A estação mede a velocidade do vento, radiação solar, a quantidade de chuva; temperatura e umidade relativa do ar. Esses dados são o que eu preciso para calcular o consumo de água dessas plantas. O que chamamos de evapotranspiração”, explicou o engenheiro agrônomo.

A medida é importante para o manejo da irrigação. “Isso permite que o produtor forneça para a planta apenas a quantidade de água que ela necessita. Uma irrigação deficitária onde você coloca menos água do que a planta necessita terá perda da produtividade. Agora se você colocar água a mais tem perda da produtividade, da energia elétrica e de adubos”, disse.

Um método para otimizar a irrigação é o sistema radicular. De acordo com Sousa, é possível controlar a umidade e fertilidade do solo através da medição em três profundidades. Desta forma se alcança a informação se o aporte de nutrientes está classificado como ótimo ou deficitário.

Outro ainda mais simples também é um aliado do agricultor: o tanque classe A. Ele mede a evaporação da água por meio de um parafuso micrométrico existente na parte central do equipamento. “Sem isso os produtores trabalham com base no achismo, e a tecnologia vem para isso, para termos uma agricultura de precisão com uma irrigação no momento e na quantidade certa”, avaliou.

As tecnologias despertaram atenção dos visitantes da 6ª Rondônia Rural Show. “Em uma situação crítica o uso dessas tecnologias pode ajudar a otimizar a produção em até 80%, e em alguns casos sem esse uso pode ocorrer uma perda total da colheita”, apontou Sousa.

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