Voluntários fazem ‘vaquinha’ e doam 400 kg de pescado a famílias carentes na Semana Santa

Mesmo sem emprego fixo e atuando com bicos em serviços de limpeza, o autônomo Paulo Vinagre, de 45 anos, ainda arrumou espaço para a solidariedade. Ele mobilizou um grupo com 15 familiares e arrecadou recursos para fazer mais feliz a Sexta-feira Santa de famílias carentes da periferia de Macapá.

Segundo o G1 Amapá, na tarde desta quinta-feira (18), mais de 400 quilos de pescado foram doados a moradores dos bairros Perpétuo Socorro, na Zona Leste, e Congós, na Zona Sul. A iniciativa acontece pelo segundo ano consecutivo e é um sonho antigo de Vinagre, que diz ter a fé e a boa vontade como motivação.

“Sempre sonhei em fazer algo em prol da comunidade. Ninguém constrói nada sozinho, conto com o apoio de toda minha família. Juntamos o pouco dinheiro que sobra para poder ajudar quem realmente precisa, especialmente nessa época de fortalecimento dos valores cristãos”, lembrou.

Paulo acrescentou que é católico e a religião o motivou a realização do projeto, além de ser motivo de alegria e satisfação pessoal. O autônomo acredita que a data é momento de celebração e pode ser compartilhada com outras pessoas que não têm condições.

A dona de casa, Celina Sena, de 24 anos, é moradora do bairro Perpétuo Socorro e foi beneficiada na ação pela segunda vez. Ela frisa que se não fosse a doação, não teria como comprar o produto para esta Sexta-Feira Santa (19). Celina mora com outras cinco pessoas em casa.

“É bom demais isso aqui! Já é a segunda vez que recebemos doações deles. Se eu fosse na feira ia gastar pelo menos uns R$ 30 de peixe para essa Sexta. Esse dinheiro ia fazer muita falta em nosso orçamento. Essa doação é de grande ajuda”, disse Celina.

A organização do projeto explica que as doações se estendem a outras datas comemorativas como Dias das Mães e Dia das Crianças. Paulo detalha que os peixes escolhidos para a distribuição foram as espécies piranambu e mapará, por conta do custo benefício.

“Escolhemos esses peixes pela vantagem do preço, eles são mais baratos e assim mais pessoas são beneficiadas. Comer peixe na Sexta-Feira Santa é uma tradição importante, mas muitas pessoas não podem custear isso, especialmente nessa época que o produto encarece”, explicou Vinagre.

Para a técnica em enfermagem, Claudineia Mendes, de 38 anos, o pescado doado foi a “bênção da Semana Santa”. A moradora se mostrou empolgada com a doação, que será usada para complementar a refeição das quatro pessoas da família durante o feriadão.

“Peguei três maparás que já estão guardados na geladeira. Vou limpar para assar e comer na companhia de toda minha família. Nós adoramos participar dessas ações, é uma felicidade só”, contou, animada.

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