Verdades e mentiras sobre as galerias subterrâneas do Centro de Manaus

Imagem que viralizou mostra uma estrutura com vários pilares no subsolo do centro histórico da capital amazonense
Uma foto em Manaus tem repercutido nas redes sociais. A imagem mostra um cenário com vários pilares numa estrutura que especula-se ser uma enorme galeria no subsolo do Centro de Manaus. Inclusive uma das teorias é de que essas galerias alcançariam a parte de baixo do Teatro Amazonas. O Portal Amazônia apurou o que é verdade e o que é mentira desse boato.
 
É real! Antes de qualquer coisa, a foto é real. O lugar existe e fica no Centro de Manaus. Mas ele é não é que se imaginava ser.
 
O lugar fica do lado esquerdo da rua Visconde de Mauá, atrás do Paço Municipal. As estruturas estão na parte de baixo do Porto Privatizado de Manaus.
 
De acordo com o engenheiro Valderino Pereira, que atua na medição do rio Negro no porto, as colunas servem de base de sustentação para o terminal aquaviário. “A estrutura segura todo o piso onde são guardados os contêineres do Porto Privatizado de Manaus. Essa estrutura não tem nenhuma relação com as galerias de esgoto do Centro”.
 
Mas não se apresse: é proibido entrar no lugar. Durante o período de cheia, o acesso ao local fica ainda mais difícil. No mapa acima, as imagens de satélite mostram a área tomada pelas águas do rio Negro.
 
Galerias
A confusão entre a estrutura do Porto Privatizado e as galerias de Manaus pode ter acontecido pelo fato das duas ficarem relativamente próximas. De acordo com Silva, as galeria de esgoto do Centro ainda são vistas no paredão do porto.
 
“Possivelmente a proximidade entre as duas estruturas fez com que as pessoas pensassem que eles tinham alguma relação”, afirmou.
 
Em junho de 2012, houve uma polêmica com as galerias do Centro. Naquele ano ocorreu a segunda maior cheia de Manaus. Por causa da subida das águas, as galerias e o asfalto do Centro ficaram inundados.
 
Quando o nível dos rios diminuiu, a Prefeitura constatou a deteriorização das galerias e o possível risco de desabamento de toda a área próxima ao terminal de ônibus da Matriz. O resultado da água era rachaduras, desnivelamento do asfalto e até movimentos ondulares na pista pela passagem de veículos. A área chegou a ficar fechada durante 70 dias.
 
A situação mudou apenas em agosto de 2012, quando laudos da Secretária Municipal de Infraestrutura (Seminf) constataram que as galerias deterioradas ficavam em outra área do Centro, resultando na reabertura do terminal.
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