De acordo com reportagem publicada pelo G1 Roraima, a portaria assinada pela governadora Suely Campos (PP) tem validade de 180 dias e determina que as secretarias estaduais de Saúde, Trabalho e Bem Estar Social, Justiça e Cidadania e de Comunicação prestem auxílio aos imigrantes.
Ainda de acordo com a publicação, entre janeiro e setembro deste ano, 12.193 venezuelanos entraram com pedido de refúgio em Roraima. No entanto, o governo do estado estima que, desde 2016, mais de 30 mil imigrantes tenham atravessado a fronteira entre os dois países.
Nos últimos dois anos, três abrigos foram abertos na capital para receber os refugiados que chegam ao estado fugindo da fome, do desemprego e da falta de serviços de saúde no país governado por Nicolás Maduro: o primeiro no bairro Pintolândia, na periferia da capital; o segundo no bairro Tancredo Neves, também na periferia da cidade; e um em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, que recebe mais de 250 indígenas.
Superlotação
O abrigo para imigrantes em Pacaraima (distante a 213 quilômetros de Boa Vista) não está mais recebendo ninguém. Segundo informações do G1 Roraima, o local está superlotado. Ao todo, 248 índios venezuelanos dividem o espaço que foi inaugurado no dia 7 de novembro, e pode comportar até 200 pessoas. O abrigo é mantido em parceria entre a prefeitura de Pacaraima, Fraternidade e Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
O prazo de permanência para os venezuelanos no local é de um mês, mas o período é flexível dependendo de cada caso. Assim, o número de imigrantes é flutuante, e o lugar pode voltar a receber novos moradores futuramente.