Projeto Mundiar abre matrículas em Belém

Nesta segunda-feira (20) será publicada no portal da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) a relação das escolas aptas a realizarem matrículas de alunos através do projeto Mundiar. A rede está preparada para receber mais de 17 mil novos alunos, com as seguintes características: para concluir o ensino fundamental podem ingressar alunos a partir de 13 anos, além dos estudantes a partir de 17 anos que ainda não conseguiram concluir o ensino médio. O Mundiar tem atualmente mais de 30 mil alunos matriculados .

O projeto é realizado em parceria com a Fundação Roberto Marinho com o objetivo de corrigir a distorção escolar idade/ano e reduzir a repetência e evasão de alunos da rede pública de ensino.

Para fazer a formação dos professores que lecionam utilizando a metodologia telesala do Mundiar, a Seduc encerrou na última sexta-feira, 17, a formação de 275 professores de quatro polos do Mundiar: Belém, Santarém, Castanhal e Marabá. A formação dos pólos Belém, Santarém e Marabá ocorreu na Faculdade Maurício de Nassau, em Belém. “A formação continuada é referente a 3ª entrada (turmas de 2016 do projeto), oportunidade na qual os professores obtem informações dos componentes curriculares das disciplinas que serão ministradas durante o ano letivo  e também tirem suas dúvidas sobre o projeto e metodologia de ensino”, enfatizou Marcos Lopes, coordenador estadual do Mundiar.

Foto: Reprodução/Agência Pará
No mesmo período foi realizada a formação dos professores do polo Castanhal naquele município.

Educação Indígena

Participaram da formação em Belém três professores indígenas da etnia Gavião de Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará, que foi a primeira nação indígena do Estado a receber em suas aldeias o projeto Mundiar. Ao todo voltaram para a sala de aula 91 indígenas no ensino fundamental (56) e médio (35). A maioria dos alunos estuda na Escola Estadual Tatakti Kyikatêjê, mas há ainda uma turma na aldeia Akrãtikatêjê e uma turma de ensino médio na Aldeia Koyakati do povo Kyikatêjê.

Os professores Renato Sisdazê Xerente e Doriel Tarracanã Karajá são formados em Ciências Naturais pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e vivem a experiência de lecionar para o próprio povo, pois as comunidades indicaram professores das próprias aldeias para a docência nas turmas por entenderem que estão próximos da realidade sociocultural e linguística e por isso podem realizar adaptações para a adequação da proposta ao contexto indígena. “A formação nos ensina a ter mais visão para colaborar com a educação da nossa comunidade e também nos mostra alternativas para lidar com algumas dificuldades com o aprendizado provocada justamente pela timidez que os indígenas enfrentam em sala de aula”, disse Renato.
Ao todo, a Escola Estadual Tatakti Kyiatejê tem 360 alunos indígenas matriculados no ensino médio e fundamental. “Nós a partir da formação estaremos aptos a fazer nosso plano de aula, assim como organizar o trabalho em sala de aula e colaborar da melhor forma possível com a educação do nosso povo, para que eles também tenham oportunidade de entrar para uma universidade”, ressaltou Doriel.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Licenciamento para exploração de petróleo no Amapá: MPF orienta adoção de medidas ao Ibama e à Petrobras

Recomendações são embasadas em pareceres técnicos de peritos do MPF, nas exigências técnicas do Ibama e na legislação aplicável.

Leia também

Publicidade