A produção industrial do Amazonas registrou o terceiro maior desempenho do país em agosto ao avançar 3,2% frente a julho. O Estado ficou atrás apenas do Espírito Santo (7,5%) e Bahia (4,9%). Na comparação com agosto de 2016, a produção local cresceu 5,3% com sete de dez atividades assinalando aumento no período. Com o indicador, o Amazonas apresentou o sexto melhor avanço e taxa acima da média nacional, de 4%. O setor também cresceu 1,9% no acumulado de janeiro a agosto deste ano. Por outro lado, nos últimos doze meses a indústria amazonense amargou queda de 0,2%. Os dados foram divulgados na terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, a produção industrial teve alta de 3,2% em agosto frente ao mês anterior após avançar em junho (1%) e recuar em julho (-2,8%). Esse índice é o terceiro melhor do país no período. Já a taxa nacional assinalou queda de -0,8. No comparativo com agosto de 2016, o setor avançou 5,3%, após assinalar queda de 0,8% em julho. O resultado coloca o Amazonas entre os seis Estados com maior aumento na produção industrial. Esse índice é acima da média nacional (4%).
“Com isso, o índice de média móvel trimestral teve crescimento de 0,4% no trimestre encerrado em agosto frente ao patamar do mês anterior, recuperando, parte da perda de 0,6% registrada em julho último, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2017”, informou o IBGE. Também registraram taxas positivas mais acentuadas o Pará (9,3%), Paraná (8,8%), Espírito Santo (7,8%), São Paulo (6,6%), Santa Catarina (5,0%), Ceará e Bahia (4,6%).
A taxa acumulada de janeiro a agosto avançou 1,9%, índice maior do que no primeiro semestre do ano (1,7%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. O índice do país foi de 1,5% no período. Já nos últimos doze meses, a taxa recuou 0,2% em agosto, mantendo a redução na intensidade de queda iniciada em junho de 2016 (-18,2%). A média da indústria nacional foi de –0,1%. Mesmo com a taxa negativa, o Amazonas ficou entre os Estados pesquisados com os principais ganhos de ritmo entre julho e agosto.
Medidas anunciadas pelo governo federal como o pagamento do FGTS e liberação do pagamento do 13° salário aos trabalhadores trouxeram de volta a credibilidade nacional, acredita o empresário. Na leitura de Azevedo, o grande termômetro para o setor industrial será as festas de fim de ano. “A liberação desses benefícios contribuem para nossa melhora, mas é importante saber que a crise aguda ainda não passou e para isso é necessário uma participação maior da política que transmite essa credibilidade à população e os investidores.Temos que ver como o PIM se comporta no fim de ano para fazer uma projeção de retomada”, finalizou o vice-presidente da Fieam.
De acordo com o IBGE, com a expansão de 5,3% no nono mês do ano, o setor registrou aumento na produção em sete das dez atividades pesquisadas no Estado. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22,5%) e de bebidas (17%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes sobre o total da indústria, impulsionados, pela maior produção de televisores; e de preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, respectivamente. Vale mencionar ainda os avanços vindos dos setores de máquinas e equipamentos (38,5%), de produtos de metal (8,5%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,4%) e de impressão e reprodução de gravações (4,8%).
Já os principais impactos negativos vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis (-16,4%), puxados pela menor produção de gasolina automotiva e óleo diesel. Os demais recuos vieram dos setores de outros equipamentos de transporte (-12,9%), devido a queda na produção de motocicletas e suas peças e acessórios e, ainda na indústria extrativista (-5,1%).
Com crescimento de 1,9% no acumulado dos oito meses, o setor registrou alta em seis das dez atividades investigadas. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (26,3%) exerceu a contribuição mais relevante sobre o total da indústria, impulsionado, pela maior produção de televisores. Também registraram avanços os setores de máquinas e equipamentos (53,2%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,9%) e de produtos de borracha e de material plástico (12,1%). Em contrapartida, os principais impactos negativos vieram dos ramos de bebidas (-7,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,4%) e de outros equipamentos de transporte (-8,9%).