Preço do peixe cai em Belém, aponta pesquisa da Secretaria de Economia e Dieese

Mesmo com a grande procura pelo peixe no período da quaresma, o pescado comercializado nos mercados municipais de Belém apresentou baixa no preço durante o mês de abril. É o que revela pesquisa divulgada nesta sexta-feira (10), pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA).

“O fenômeno pode ser explicado pela grande demanda do peixe, aliada às articulações do poder público municipal com a Associação Paraense de Supermercados (Aspas) e os fornecedores do pescado, como os peixeiros e balanceiros da doca do Ver-o-Peso, que garantiram preços equilibrados e os produtos de qualidade na mesa do consumidor da capital”, explicou o técnico do Dieese no Pará, o economista Roberto Sena.

Foto: Divulgação/Agência Brasil
De acordo com dados da Secon, atracaram na Pedra do Peixe do Complexo do Ver-o-Peso 353 embarcações e 257 caminhões, totalizando 610 meios de transporte que abasteceram a capital e o interior do Estado. “Tudo foi controlado pela fiscalização da Secon, por meio do Decreto Municipal Nº 93.368/2019, que garantiu a limitação da saída do pescado no período de 10 a 18 de abril”, comentou o secretário municipal de economia, Rosivaldo Batista.

O Varejão do Pescado, realizado também no mês de abril pela Prefeitura de Belém no Mercado da Sacramenta, foi outra iniciativa que contribuiu para o equilíbrio de valores do produto, oportunizando preços acessíveis à comunidade. “Por isso, a ideia é que todos os anos o Varejão do Pescado seja efetivado, nos meses de abril, nos mercados municipais da capital”, disse Rosivaldo.

Foto: Divulgação/Agência Brasil
Pesquisa

O estudo executado pela Secon e o Dieese/PA com as 38 espécies mais consumidas na capital indica que, no mês de abril, as maiores quedas ocorreram nos preços dos seguintes tipos de pescados: xaréu, com recuo de 15,09%, seguido do Aracu, com queda de 7,58%; da corvina, com redução de preço de -7,53%; da gurijuba, -5,91%; da arraia, -5,64%; da pescada amarela, -5,50%; do mapará, -4,13%; do tambaqui, -4,10%; da dourada, -3,22%; da pescada gó, -2,31%; e da sarda, que registrou queda de 2,04%.

A pesquisa mostrou, ainda, diminuição do preço do peixe nos mercados municipais nos últimos 12 meses. Entre os pescados com maior redução de valor estão a pirapema, com baixa de 39,25%, seguida do xaréu, com queda de 31,16%; da uritinga, que registrou -19,42%; da pratiqueira, -16,47%; da tainha, -14,83%; da arraia, -13,77%; do tucunaré, -10,91%; da sarda, -7,55%; do tambaqui, -7,27%; da pescada gó, -7,23%; da piramutaba, -7,03%; do aracu, -6,05%; da corvina, -4,46%; da gurijuba, -3,49%; da pescada amarela, -2,78%; da dourada, -2,21%; e do peixe serra, com queda de 1,08%.

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