De acordo com nota enviada pela PF-AM, desde as 6h, aproximadamente 100 agentes federais dão cumprimento a seis mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, oito de busca e apreensão, sete de condução coercitiva, além de diversos mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e contas bancárias, expedidos pela Justiça Federal do Amazonas em desfavor dos investigados. As ações são cumpridas nas cidades de Manaus e Tabatinga, no Amazonas; Tomé-Açu, no Pará; e Curitiba, no Paraná.
Investigações e prisões
Ainda de acordo com a nota, as investigações foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-AM), e revelaram que o grupo criminoso possui fortes vínculos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Na região, eram adquiridas drogas em transações chefiadas por um cidadão de nacionalidade peruana, que foi preso durante a operação, em Manaus. Dentre os presos, estão também dois advogados do Amazonas, que colaboravam para o sucesso das atividades ilícitas do grupo.
As investigações revelaram, também, que o grupo investigado adotava um elaborado modus operandi para o envio de grandes cargas de cloridrato de cocaína (cocaína de alta pureza, popularmente conhecida como ‘escama de peixe’ ou ‘brilho’) para o exterior. Neste processo, a droga era oculta no interior de maquinários, cilindros, tambores e outras peças de metal pesado, de maneira a se impedir, ou pelo menos dificultar, a localização através das ações de fiscalização ordinárias das forças de segurança pública.
Através deste sofisticado esquema, a droga era enviada de Manaus para países na Europa, Ásia, África, Oceania e América do Norte. Neste locais, em que o quilo da droga poderia alcançar valores superiores a 100 mil dólares, os lucros gerados para o grupo eram astronômicos.
No Brasil, foram apreendidas diversas cargas de drogas que se encontravam em processo de exportação para países como Senegal e Austrália, sendo apreendidas também, mediante cooperação internacional, cargas que já haviam deixado o território nacional, com destino a México, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Os envolvidos serão indiciados pela prática dos crimes de tráfico internacional de drogas, de lavagem de dinheiro e de integrar o grupo criminoso.