Em entrevista à repórter do G1 Amazonas, Ive Rylo, uma das mães de detentos que estava no local e testemunhou o início da rebelião, e afirmou que visitantes foram tomados como reféns.
“Eu estava na cela sete. Foi uma agonia muito grande. Começou uma correria, e todos estavam batendo nas celas, nas portas, e correndo pelos corredores. Tinha um [detento] na cela oito que estava amarrado. Os policiais tiraram as visitas, mas os presos pegaram um monte e levaram para quadra”, disse a mulher, que pediu para não ser identificada.
No Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), que fica no mesmo complexo presidiário, uma irmã de um detento afirmou que a unidade também teve visitações suspensas.
“Era 12h15 quando começou a agitação. O pessoal falou que tinha começado uma rebelião e que já tinham matado duas pessoas. Eles mandaram todos os visitantes saírem. Estávamos no CDPM, e tivemos que sair porque iam trancar os presos nas celas”, disse.
Até o momento, não há confirmação do número de mortes.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), e a Seap informaram que o motim foi controlado após uma intervenção no presídio.
Massacre em 2017
Esta unidade do Compaj é a mesma que, em janeiro de 2017, deixou 56 pessoas mortas após uma rebelião, considerada a maior do Amazonas já registrada.