Paratletas retomam treinamento no Estádio Olímpico do Pará

O Estádio esteve fechado por cinco meses em razão da pandemia do novo coronavírus.

Após cinco meses de interrupção em razão da pandemia do novo coronavírus, dez atletas com deficiência integrantes da equipe do All Star Rodas, que mantinham uma rotina diária de treinos na pista do Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, encaram com determinação a retomada do treinamento nesta semana. A cessão do espaço é viabilizada pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), responsável pela gestão da praça esportiva.

Atleta Rildo Saldanha. (Foto:Divulgação/Seel PA)

Segundo Wilson Caju, técnico do All Star Rodas, inicialmente os treinos são realizados em dois dias da semana pela manhã. “O retorno do treinamento, neste primeiro momento às terças e quintas-feiras, a partir da 8 horas, vem a ajudar a pessoa com deficiência a manter seu condicionamento físico. Agradeço à Seel que mostrou sensibilidade, permitindo o treinamento na pista olímpica. Seguimos todo um protocolo com aferição de temperatura antes e após cada treino, uso de álcool em gel nas mãos e nas cadeiras de corrida”, afirmou Caju.

“O retorno desse treino é muito importante para esses paratletas e que com a liberação o uso da pista poderão recuperar o condicionamento físico. Por conta da pandemia, a nossa prioridade segue sendo o bem-estar dos atletas e de todos os envolvidos com a prática esportiva, dentro das recomendações do Ministério da Saúde. Por isso, que para o retorno das atividades executadas no estádio, estamos solicitando testes da Covid-19 para liberar o retorno gradualmente”, enfatiza Fábio Lima, diretor do Estádio Olímpico.

Rildo Saldanha e o treinador. (Foto: Divulgação/Seel-PA)

Para o corredor Rildo Saldanha o momento é de focar ainda mais no futuro do esporte, mas tomando todos os cuidados necessários. “Todos sabemos a situação de crise sanitária pelo qual o mundo passa, mas reiniciamos agora em setembro, nosso treinamento em um novo normal, usando máscara, álcool em gel e observando o distanciamento social e assim, seguindo nossas vidas adiante e nos preparando para futuros desafios no esporte”, ressaltou Rildo Saldanha, que treina há quatro anos no Mangueirão e é heptacampeão da Corrida do Círio, na categoria cadeirante.

Treinando no Mangueirão, a equipe tem colhido importantes conquistas como o tricampeonato norte-nordeste de Atletismo em cadeira de Rodas, a medalha de prata no circuito Caixa Norte/Nordeste na prova de peso e disco. Rildo foi ouro na prova dos 1.500m no Campeonato Brasileiro, e Vileide Brito, corredora que se destacou com medalhas nas provas que competiu. Tudo em 2019.

Para participação em diversas competições nos quais tiveram grande desempenho, os paratletas do All Star Rodas contaram com o apoio financeiro da pasta estadual de Esporte e Lazer.

De acordo com Wilson Caju, por enquanto, todas as competições da modalidade estão suspensas, mas a própria equipe está estudando a possibilidade de realizar uma corrida com largada a partir do Mangueirão até o distrito de Outeiro, como forma de atividade para os paratletas.


O paratleta descobriu os esportes aos 15 anos, indo com a família a um evento desportivo. Apesar de no início não ter se entusiasmado, com o incentivo dos familiares acabou gostando da modalidade. E foi com o esporte que ganhou mais independência em relação à mobilidade. Hoje, é um dos maiores nomes do atletismo de pessoas com deficiência nos cenários estadual e nacional.

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