Emocionada, durante a entrega do Prêmio, a professora ressaltou, durante o discurso, que essa conquista não é só dela, mas de todos que fizeram parte dessa história.
“Eu gostaria de falar que quem sobe nesse palco agora são todos os meninos e as meninas de periferia, onde a mídia massificada tenta pregar que somos alvo de extermínio, mas que temos muita produção cultural. Tem umas paravras que eu não vou conseguir dizer como elas realmente são, mas vou conseguir dar o recado. As rosas da resistência eles nascem no asfalto e nós vamos colhê-las de punho cerrado, para fazer valer a nossa existência. Marielle Franco, viva sempre e esteja sempre presente, presente, presente!. Quem tá aqui agora é o bairro da Terra Firme, que é alvo de extermínio, mas nós temos muito mais poesia e produção cultural no coração do que morte. Nós temos muito amor. E é com amor e com poesia que a gente vai vencer o extermínio”, disse Lília.
O projeto “Terra Firme: Juventude periférica – Do extermínio ao Protagonismo!” é desenvolvido pela Lília na Escola Estadual de Ensino Infantil, Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, que fica no bairro da Terra Firme, em Belém, e incentiva a produção de conteúdos audiovisuais pelos próprios alunos, pensados por eles, e desenvolvidos a partir da realidade e cotidiano de onde vivem.