Pará cria força-tarefa para tirar caminhões de atoleiro na BR-163

Uma força-tarefa formada por servidores estaduais civis e militares está em operação na rodovia BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém, entre os municípios de Trairão e Novo Progresso, no sudoeste do Pará, onde as chuvas transformaram parte da estrada em um grande atoleiro.

O Estado está presente na área com quatro agentes e dois oficiais da Defesa Civil, além de técnicos da Setran e Seduc, homens da Polícia Militar e uma aeronave do Graesp. Foto: Divulgação/Agência Pará

Segundo o Governo do Pará, cerca de dois mil caminhões estão retidos por causa do problema, provocando um engarrafamento de mais de 50 quilômetros. Em nota divulgada pelo Governo do Mato Grosso, neste domingo (26), eram cerca de cinco mil.

A Prefeitura de Trairão (PA) decretou estado de emergência em cinco comunidades: Jamaxin, Vila Planalto, Santa Luzia, Três Bueiras e Aruri, localizadas naquele trecho da BR. A força-tarefa do Estado foi enviada pelo governador Simão Jatene para colaborar com o trabalho do governo federal, a quem cabe a gestão das BRs.

“A rodovia é federal, mas o Estado não é omisso”, observou o coronel Lima, subcomandante do Corpo de Bombeiros do Pará. “Nossa ajuda é fundamental para mitigar as consequências. Além disso, o mais importante é cuidar das pessoas”, afirmou.

Segundo o engenheiro Kleber Menezes, secretário estadual de Transportes, a orientação do governador é para que o Estado atue em duas frentes. Primeiro, como coadjuvante, na restauração do tráfego na BR-163, em apoio aos agentes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, do 53º Batalhão de Infantaria da Selva (presente no local com 70 homens), dos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Secretaria Nacional de Defesa Civil. E segundo, como protagonista, na mitigação dos impactos da interdição da rodovia junto às comunidades locais. “No final das contas, compomos todos uma grande força-tarefa – União, Estado e município -, empenhada em resolver a situação o mais breve possível”, resume.

Ainda segundo o governo paraense, equipes do Dnit estão procedendo à recuperação emergencial da rodovia em seis pontos do trecho, onde, além da estrada, há pontes em situação precária. A Polícia Rodoviária Federal e o Exército fazem o ordenamento das carretas. Mas as chuvas não param e se acumulam cada vez mais caminhões pesados, que tentam chegar aos cinco terminais portuários da região de Miritituba, por onde escoa grande parte da produção de grãos oriunda do Mato Grosso, e ônibus que fazem o transporte de passageiros.

Quatro agentes e dois oficiais da Defesa Civil do Estado do Pará estão no local. Técnicos das secretarias de Transportes e de Educação do Estado também compõem a força-tarefa. A Polícia Militar está reforçando a segurança na área e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Pará, com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), monitora as ocorrências na sala de situação criada no quartel do Corpo de Bombeiros, que mantém contato permanente com outra sala de situação instalada no quartel do CBM em Itaituba.

As equipes fazem o levantamento de danos e ajudam na distribuição de água mineral e cestas básicas nas comunidades afetadas, que sofrem com o desabastecimento. Duas cozinhas de campanha foram montadas ao longo dos 50 quilômetros de interdição, para dar apoio aos caminhoneiros. O Exército e o Graesp mantêm aeronaves de prontidão em Itaituba e Santarém, para atuar caso seja necessário o resgate de pessoas da rodovia.

Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil do Pará, coronel Francisco Cantuária, nas últimas semanas aquela região foi impactada pelo maior volume de chuvas dos últimos 30 anos em um curto período. Isso atingiu em cheio os cerca de 100 quilômetros não asfaltados da BR-163 próximos ao município de Trairão. “Estamos em campo, dividindo responsabilidades e agindo de forma integrada, para dar a assistência necessária às populações daquela região”, afirma Cantuária.

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