O diretor geral da Adepará, Luciano Guedes, agradeceu a visita do grupo e falou da importância de receber os colegas do Amapá. “Essa interação demonstra a preocupação do Estado do Amapá com a defesa sanitária. Para a Adepará, é uma honra poder compartilhar com eles o conhecimento técnico que já temos”.
A equipe técnica da Diagro ficará uma semana no Pará em uma programação que inclui visitas a empresas já registradas, municípios produtores, além de setores da Adepará, como o de Sementes e Mudas, Classificação, Produtos Artesanais e Inspeção, todos da área vegetal. Nesta terça-feira (17), o grupo foi recebido pelo gerente de Defesa Vegetal da Adepará, Joaquim Lucas, e pela gerente de Produtos Artesanais de Origem Vegetal, Ana Karen Belforte.
“Estão aqui para conhecer, mas acima de tudo, trocar experiências com o Pará, especialmente, o trabalho que realizamos para registrar pequenas e médias empresas que produzem artesanalmente seus produtos, gerando emprego e renda para o produtor, para a região e para o Estado”, detalha Ana Karen.
O grupo já esteve no município de Bragança, conhecendo o trabalho feito pela Adepará de registros das casas de farinha, a cachaça e a indústria de polpa de fruta; em Santa Isabel, para saber mais sobre as empresas que comercializam tucupi, maniva e macaxeira embalada a vácuo; e em Americano, para trocar experiências sobre o processamento da farinha de tapioca. “Temos uma demanda significativa de produtores artesanais, sobretudo, de farinha, tucupi, maniva e polpa de frutas, mas temos uma legislação desatualizada, que não atende, principalmente, o pequeno produtor. Viemos ver como o Pará tem feito, para levar essa experiência para o Amapá”, diz o coordenador Flávio de Paula.
A comitiva amapaense é formada pelo coordenador de Inspeção de Produtos de Origem Agropecuária (Cipoa), Flávio de Paula; pelo gerente do Núcleo de Inspeção de produtos de Origem Vegetal (Nipov), e mais dois fiscais engenheiros agrônomos, que também atuam na área vegetal da Diagro: Ângela Lobato e Rômulo Costa.
De acordo com a agrônoma Ângela Lobato, o fato da agência amapaense ter sido criada em 2002, mas só ter um quadro de servidores efetivos a partir de 2010, após concurso público, além do trabalho ser praticamente voltado para erradicar os focos da mosca da carambola no Amapá, acabaram contribuindo para que o Estado até hoje tenha uma legislação que não condiz com a realidade agropecuária. “Somos uma agência relativamente nova, só tivemos um quadro de servidores em 2010, ano em que todas as ações eram voltadas para a erradicação da mosca da carambola. Com o trabalho da mosca terceirizado, agora vamos reformular nova legislação para atender demandas e novas áreas, como a do artesanal”, informa.
O estado do Pará possui mais de 40 agroindústrias artesanais com produtos de origem vegetal registradas na Adepará. Outras 200 já estão em fase de finalização de registro. Segundo Flávio de Paula, o Amapá possui apenas três empresas registradas artesanalmente, uma de goma vegetal, uma de mel e outra de embutido.