O objetivo da rota é criar alternativas que aumentem o fluxo de turistas na região. “A ideia surgiu da participação que tivemos nas feiras internacionais de turismo. Identificamos que o nosso atual posicionamento de mercado não é competitivo. Então, o Pará some numa feira internacional e, por isso, temos muita dificuldade de atrair turistas. Temos que ir atrás do que temos de forte e uma saída é a Amazônia, é a região”, explicou André Dias.
Cada estado terá compromissos governamentais para a execução do projeto, dividido em cinco eixos: fortalecimento da governança; impulsionamento dos empreendedores à rota turística por meio do Sebrae; melhorias de conectividade aérea e de infraestrutura turística; posicionamento de mercado; e promoção da rota da Amazônia Brasileira, de modo que o número de turistas cresça anualmente na região. A rota conta com a parceria do Sebrae.
“Queremos unir o que Pará, Amazonas e Maranhão têm de melhor e criarmos um produto Amazônia, e aí sim, competir pelo interesse do turista quando ele vai viajar para conhecer as nossas florestas, cultura, praias, nossa gente. É em parceria que conquistamos esse turista. A competitividade é nossa com os outros países. Amazônia versus Taiti, Amazônia versus Peru, Amazônia versus África do Sul, e não Pará versus Amazonas e Maranhão”, exemplificou André Dias.
Para Roselene Medeiros, a rota vai atuar junto aos melhores produtos turísticos de cada estado, para potencializar a região nos mercados nacional e internacional, com o objetivo de criar uma alternativa eficaz para o visitante se deparar com a realidade amazônica. “A primeira fase destina-se à criação de um roteiro integrado, por exemplo, de 12 dias de permanência, envolvendo os três estados”, afirma a presidente da empresa pública de turismo amazonense.
O secretário do Turismo do Pará, André Dias, também falou de modelos nacionais e internacionais que podem servir de referência para a rota integrada. “Quando a gente fala em destinos internacionais a partir do Brasil, observamos que as pessoas não estão interessadas em saber em que estado aquele atrativo está. As rotas são feitas internacionalmente desconsiderando divisas estaduais. Por exemplo, a Estrada Romântica na Alemanha passa por vários estados e nem por isso ela deixa de existir e ser competitiva. Aqui no Brasil, um grande benchmarking é a Rota das Emoções ou a Estrada Real”.