MPRR diz que denunciou atuação de facções criminosas no estado

O Ministério Público de Roraima (MPRR) informou nesta sexta-feira (6) que desde 2005 busca na Justiça uma solução para problemas estruturais existentes no sistema prisional do estado. O órgão diz que, em novembro de 2014, denunciou aproximadamente 100 integrantes de facções criminosas que atuam em Roraima. “A situação à época foi veementemente negada à imprensa pelo Poder Executivo estadual. O pedido do MPRR aguarda manifestação da Justiça”, informou em nota.

Trinta e um presos foram mortos na madrugada desta sexta-feira (6) na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na zona Rural de Boa Vista, capital roraimense. A Secretaria de Justiça e Cidadania do estado descartou a possibilidade dos assassinatos estarem associado à guerra entre organizações criminosas.

Segundo o ministério, desde novembro de 2016 os presos estão separados em diferentes estabelecimentos prisionais, de acordo com a facção criminosa a que afirmam estar ligados, então, os presos mortos hoje, ou integram o Primeiro Comando da Capital (PCC) ou não têm vínculos com nenhuma organização criminosa. Os presos do Comando Vermelho e da Famíla do Norte (FDN) estariam na cadeia pública.

A secretaria descartou ainda que as mortes possam ser  uma vingança ao que aconteceu em Manaus, nos dias 1º e 2 de janeiro, onde ocorreu o assassinato de pelo menos 56 presos supostamente ligados ao PCC por integrantes da FDN, grupo ligado ao Comando Vermelho.

O MPRR informou que está acompanhando o caso das mortes dos detentos e aguarda a conclusão das investigações para adotar as medidas cabíveis. Nesta quinta-feira (5), a Promotoria de Justiça, com atuação junto ao Vara de Execução Penal, protocolou na Justiça pedido de transferência de nove presos da Penitenciária Agrícola para presídios federais, em razão de grave indisciplina. O pedido também aguarda decisão judicial.*A Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima revisou o número de detentos mortos do massacre do Presídio Agrícola de Monte Cristo para 30 ao invés de 33 como havia informado no início das investigações.

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