Mato Grosso tem sete casos de microcefalia associados ao vírus Zika

Até esta quinta-feira (22), o Mato Grosso contabiliza sete casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika em todo o Estado. De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde, até o momento, foram notificados 308 casos de microcefalia, sendo que 25 foram confirmados e destes, sete provocados pelo Zika. Também foram notificados 21 óbitos, com sete confirmações para microcefalia, quatro descartados e dez ainda estão em investigação.

Os casos notificados estão distribuídos em 53 municípios de Mato Grosso. As cidades com mais notificações são Cáceres (48) e Rondonópolis (46). A orientação da secretaria é para que os municípios investiguem os casos para confirmação, de acordo com o Protocolo de Vigilância, e intensifiquem o acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.

Notificação

A equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde esclarece que utiliza as definições vigentes no Protocolo do Ministério da Saúde para confirmar ou descartar os casos suspeitos. O Ministério considera um caso confirmado após análise clínica radiológica e/ou laboratorial. De acordo com o Protocolo, a investigação da causa da microcefalia é realizada somente nos casos notificados que apresentem características clínicas e/ou laboratoriais sugestivas de infecção congênita, para a identificação da infecção pelo vírus zika, entre outros agentes infecciosos.

O documento traz também orientações, como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial. Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados.

Alteração do perímetro cefálico

O Ministério da Saúde mudou, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o critério para considerar bebês com microcefalia. A medida do perímetro cefálico em recém-nascidos passou de 32 cm para 31,9 cm em meninos e 31,5 cm em meninas. Em dezembro, o parâmetro para diagnóstico da doença já havia diminuído, passando de 33 cm para 32 cm. As alterações têm como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.

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